domingo, 23 de fevereiro de 2025

Andava pela praia e escrevi isto nas areias do tempo

 

Olhei pelas frestas das festas que eu faço e ví

Com raiva sentí que estava não muito  certo

Como percebí? Pela dor do amanhã

Meu olhar colorido, agora dolorido a esta vida vista em P&B

Eu sem calói Cros nem dez

Na escola não era o uniforme minhas ardidas mordidas

Urdidas tramavam meu Deus Tino

Quando chegou uma hora que olhei o que fazia

E eu fazia tudo o que diziam

Me perdi nu num magazine sem revista de promoções

Peguei sem pagar o que me empurravam

E, claro que não via nada tão claro

E, nos escuro de meus ais fantasmais

Saí correndo comendo tudo  com medo

E não parei

Não olhei nada

Fui parar numa praia nu

E o segredo de minhas pernas abertas, pensaram

Não sou louco! 

O que estou fazendo de minha vida?

Vou voltar pro magazine e pagar o que deví

E estranho fui preso, mesmo querendo pagar

Minha rebeldia, não tinha liberdade nem garantia

E eu disse vocês nos enlouquecem com tantas promoções

Que mesmo sem grana queremos ter pra ser quem querem

Que não via que não havia nada, nas promoções que eu precisava

Eu preciso é me rebelar, não comprei nada

É que dá trabalho não querer comprar nada

Escutei um barulhinho bom de minha consciência

Era a polícia, íntima conciência

Avisando é agora!

Eu ri

Virei de lado, voltei a dormir

E sonhar

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