-Um impulso selvagem leva-me a escrever
Acho que sou uma poesia que anda por ae
Olhando, investigando o si que sou-me
Soçobro sobre mim
Olho para meus olhos no espelho e vejo o renascer do mar
Tal água não é azul e nem verde como o mar
Uma égua alada é
Não tem cor
Mas tem sabor de sal
Alada voa ao céu
Sublima de minha face e evapora
Eva pôra o pecar
-Não entendi?
Adão e Eva...
Rime números e sílabas
-mmmm a tá
Loucas ventanias a sibilar em meus ouvidos
Ae está o selvagem que me arde
E torna do covarde na valentia o ser que estou sendo
Em bumerangue vem a vida
Lotófagos Homéricos
Moro nessa ar a transportar a água
Nesse entremeio permeio
Venho sendo meio água, ar e terra
No calor de fogo ardo
-Viu...deixa vim
-Basta de tanto objetivo simplesmente viva o dia dia
E de saco cheio esvazio
E do claro procuro o escuro
E do rápido devagar divago
O meu teclado diz o que meu tato digita
Grita
Bate bumbo bobo
Estou ficando gordo
Como um porco
Não como um porco
Pouco a pouco vou me ligando
Que minha vida não exige morte para continuar viva
Colho da árvore a fruta da árvore viva
Como
Degluto minha carne de célula reparto-me em vida
Correlaciono-me com Teilhard
Subo no meu telhado evoluo sublime
Tipo este texto que destesto por ser longo
-Mas o leia em pedaços
-Sim...me sinto já despedaçado
Estou em minha casa a chorar
Acho que meu lar não é minha casa
É minha causa
Está escrito neste texto algo mais que eu possa descrever?
Você leitor está...?
Por favor
Esteja
Minhas lágrimas estão subindo da bacia de minhas olheiras
Esão escorrendo para minhas orelhas
Entenda
Se atenda
Somos nós mesmos desatando os nós de nós mesmos
O gen de nossa genitália que tanto procuramos
Pra ser prazer nós uns nos outros..
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