quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Música do Mar de abrolhos

 

-Um impulso selvagem leva-me a escrever

Acho que sou uma poesia que anda por ae

Olhando, investigando o si que sou-me

Soçobro sobre mim

Olho para meus olhos no espelho e vejo o renascer do mar

Tal água não é azul e nem verde como o mar

Uma égua alada é

Não tem cor

Mas tem sabor de sal

Alada voa ao céu

Sublima de minha face e evapora

Eva pôra o pecar

-Não entendi?

Adão e Eva...

Rime números e sílabas

-mmmm a tá

Loucas ventanias a sibilar em meus ouvidos

Ae está o selvagem que me arde

E torna do covarde na valentia o ser que estou sendo

Em bumerangue vem a vida

Lotófagos Homéricos

Moro nessa ar a transportar a água

Nesse entremeio permeio

Venho sendo meio água, ar e terra

No calor de fogo ardo

-Viu...deixa vim

-Basta de tanto objetivo simplesmente viva o dia dia

E de saco cheio esvazio

E do claro procuro o escuro

E do rápido devagar divago

O meu teclado diz o que meu tato digita

Grita

Bate bumbo bobo

Estou ficando gordo

Como um porco

Não como um porco

Pouco a pouco vou me ligando

Que minha vida não exige morte para continuar viva

Colho da árvore a fruta da árvore viva

Como 

Degluto minha carne de célula reparto-me em vida

Correlaciono-me com Teilhard 

Subo no meu telhado evoluo sublime

Tipo este texto que destesto por ser longo

-Mas o leia em pedaços

-Sim...me sinto já despedaçado

Estou em minha casa a chorar

Acho que meu lar não é minha casa

É minha causa

Está escrito neste texto algo mais que eu possa descrever?

Você leitor está...? 

Por favor

Esteja

Minhas lágrimas estão subindo da bacia de minhas olheiras

Esão escorrendo para minhas orelhas

Entenda

Se atenda

Somos nós mesmos desatando os nós de nós mesmos

O gen de nossa genitália que tanto procuramos

Pra ser prazer nós uns nos outros..



 

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