quinta-feira, 27 de maio de 2021

Homem Máquina

 


-Num futuro imaginável a humanidade avança (?)

E  torna-se quase imortal

As pessoas trocam de órgãos

Ou os recondicionam

Isso infinitamente (eternidade?)

Acontece que...

Como tudo

A mente tem limite

Sabedores disso

Nesse imaginável futuro

As pessoas repassam todas informações e experiências de uma vida

À uma máquina

Então a máquina imortaliza o ser?

-Tenho que fazer isso mesmo?

Descrevo

A tela branca

Branca como eu

De medo

O tempo de eu digitar cada tecla é o que mantém a vida ávida

Ando pelos ares a abraçares

Todos as figuras eternas em seus pulsares

Mergulho meu orgulho e solto disso

Voo

Lá de cima vejo que mais embaixo encontramo-nos

...Circularidade pulsante...

Tenho mesmo que fazer isso?...

Do alto ao baixo

Três linhas transponíveis

O sol que está lá esta cá

Aqui dentro

Uma estaca se apronta e aporta

Desvios sem portos

-Voltamos à eternidade

A máquina imortaliza o ser

Humanos

Máquinas corruptíveis

Falíveis

In tudo isso

Ou de novo

Tirania

Escravidão

Igualdade a toda a humanidade

O fogo queima com sua luz

A escuridão se apresenta para ser decifrada

As coisas nesse futuro imaginável acontecem de forma circulante também

Pulsam

-E expulsam de si o nosso

Acho bom estar ciente de que não há quem me oriente a partir de um caminho escolhido

A nãos er que por sorte ou merecimento um mestre me ache

-É só você mesmo que pode e que deve saber o que fazer

Ou imaginar

A queda é longa e árdua como a subida

-Estou caindo com estilo fazendo tipo

Surfista prateado desse dourado ao eldorado

Touro indomável

Grito e danço no ar

No vácuo de minha mente

Entre o espaço de tempo em cada toque do teclado

...Um templo...

-O tempo está passando

Nessa vida imaginada está o segredo da causa de tanto medo

O limbo

O umbral

O Zênite em espiral com o Atma

Somente o Zé Maria entende

-Sou filho do Seu Zé

Sou um véu

Uma alma

Uma máquina anárquica

Um furo no futuro

Ok, tenho que ganhar dinheiro

Meio que me acho

A lua ilumina o Monte Grana

Caio mais em mim

O dinheiro essa mola

Que faz de um homem nada mais que bolas pedindo esmolas

E a mulherada passeia

Mãe Maria Mulher Terra em Poesia

Desprendo-me de toda previsão

Mergulho no meu orgulho

-Uma batalha essa história

-A eterna batalha que talvez minha vida valha e mantenha viva está aparente luta

Entre vida e morte

Ou outro dualismo qualquer

-É esse pulsar

Esse vai e vem

Até dessa história que provem

-E ela de novo vem

Nesse momento silente e sonoro

Aparente e invisível

Está naufragar a nau que sou

Descubro-me no profundo oceano do que eu mais tinha medo

Uma abertura pra dentro diz: Vem

Em mim algo dizendo: Vai

Então vai e vem meu bem

Assim

Não pára

Agora pára

Assim dura mais a minha mais pura sensação de ereção

Mixturo tudo

Êxtase e tédio

Música e meio-dia

Sexo sem nexo à moral anal

Entro pra dentro de meu maior medo

A mais profunda escuridão

Numa trabalhosa reflexão

Todos e tudo se juntaram

Disseram então:

-Aqui ninguém se dá a mão merrmão

Isso é pra fazer lá de onde você veio e pra onde você vai

Estamos no limite

No Elo perdido

Onde não são as mãos que nos unem

Não há matéria para se apegar aqui na borda

Mas...mergulhe no céu mais profundo até ao seu mais sublime "eu"

-Escutei o silêncio dessa minha história

O aço de meu espelho se quebrou

O fel de minhas palavras foram adoçar lá fora

É porque ainda há mais espelhos

Circulo por ae e por aqui

Além das vaidades em busca de verdades

Da Verdade

Do amor

Estou no passado pensando em você

Em nós juntos

Em tudo mais

Nos nossos erros e acertos a mais

Começo a chorar

Quase a naufragar

Naufrago

Vou ao fundo mais profundo

A luz dos meus olhos olhe!

Não ilumina mais o seu rosto

Moldado aos meus beijos

Certo e não se fundem

Pra cima olho um buraquinho de luz no breu

Cada estrela pode ser eu

Ou algo que tenha a ver com o caminho nosso

Uma estrela me aponta o caminho Underground que sou

Vou

Voo

Pra dentro cada vez mais

Sinto o seus suspiros do som de sua vagina

Imagino

Mas a turba chega

Eu n'eu volto

A história tem que continuar para o verdadeiro amor achar e perder

No mais distante e profundo oceano feito das lágrimas humanas

Reflito minhas expressões nessa água

Vejo no fundo de meus olhos

Um solo além desse que piso existe

E não é essa música que faz a trilha de minha vida

O solo do oceano dessa terra

É o chão do mar de minhas lágrimas que abre-se

Momento iluminadamente lindo

Uma orquestra sinfônica em silêncio aprecia meu ouvido

Ouvindo essa invenção de nossa evolução

No tato

Na visão

Na intuição me transmuto

Transubstancio-me

O amor me vem de novo

Na forma de um ovo

O verde me dá sede

Eu não quero mais dizer sim

Mas a vida é assim

Sim amo nova mente

Fiz a volta em meu mundo e nosquero

Não pense nada demais

Voltemos a imaginação domada a setas

Celtas

Primatas

Entro na criação

Entropia 

Aqueço o que esfria quando esqueço

O ovo é a promessa de uma piada

De um pinto ou de uma galinha

Galo

Falo o que sinto

Não vivo de cisco

Olho além

Sou uma águia

Uma Fênix sensata

Das cinzas trago-me puro

Vindo de cima e de baixo

Olho para os lados em movimentos circulares

De costa a costa

Vejo de frente e de costa

Por entre e dentro

Não me perco

Por isso não há mão

Não me perco...

...Na natureza nada se perde

Tudo se transforma

Quando falta luz

Uso minha mente

Em nossa totalidade

Entendo lentamente a gente

Fomos feitos evolutivamente do barro

Do barro da terra

Da mãe terra

Transpuno essa barreira-mãe

Silencio

Só as batidas de meu coração e as ondas de minha mente

Não estou

Mas parece que estou só

Nada de matéria destrutiva ou destruída

Um mundo imaginável

E nada de fim

Pois volto de volta

Conto ou não conto minha epopéia

Ridículo... todos pensarão

Caso pensem

Ora

Vou descrever essa minha história na parede dos vasos

Das plantas que ou planejado

Vou escrever uma carta para o presidente ajudar toda essa gente

Encosto-me numa árvore

Um mogno

Poesia?

Um gnomo

Assumo o controle e ele some

Nada inflará ou desinflará esse ego multiunivérsico

É Phoda segurar

Mas levo de leve

É verdade estou descrevendo uma viagem programada

A mãe terra está criando o estofo de minha entranha

É uma entidade da qual não concebo

-Chega!

A evolução não é controlável

-Essa minha vida a é

Evoluo bem

Para você meu bem

Um homem precisa de outro aqui

Assim de mãos dadas 

Presente, passado e futuro

Podemos nos agenciar a irmos aos locais mais densos 

E de lá suspensos sairmos de nós mesmos

*Pausa física para secar o suor

"Tive até que secar embaixo dos braços

Deu até asa escrever

Asas pra voar"

Reestabelecido o contato

-Olá!

Por onde andava?

Falo com meu espelho

O quebro e surfo em cima de um estilhaço

O principal é entender o aço e o papel de viver

A esfera de uma caneta não refreia o intelecto de quem devaneia

E inventa um futuro melhor

Vamos de longe retornar aos nós que amarramos

Àquela história esplêndida de nossa criação de nos amarmos

Por minha ótica agora então

Ok

Ok acho que acabamos o primeiro capítulo

Faça a sua viagem comigo

E saiba-se sozinho se lendo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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