No trem e chovendo lá fora
E cai um raio na lavoura
Pára tudo
Inclusive o trem maluco da rotina
Eu um Zé Ninguém estou preso nesse trem
Chove la fora e aqui dentro de mim
Alguém me vê?
Preciso de ar de um bar
Me embriagar com meus iguais
Sinto-me assim
Desconectado das pessoas e dos lugares
De onde e com quem ando
Preciso beber
Para minha vida engolir, descer
Esse trem estava indo pra onde mesmo?
E chove em Porto Alegre e em Canoas também
Enxergo uma pessoa olhando as horas
Pedindo uma esmola ao tempo
Um segundo para ser um vagabundo e observar a cidade molhada
Pra onde ia esse trem adiantar não ia
Nada ia mudar
Agora aqui nesse trem parado sinto mais o quanto estava,
estaria e estou parado
Mudanças a vista
Nada a prazo
O prazo acabou
Mais olho pelas janelas humanas
Reclamações
Testas, bocas e olhos indignados
O celular corpo sem sopro
Desmotivado ligado ao aparelho
Todas pessoas bonitas
Mas uma pilha de nervos
Uns querem descer
Outros a sapatear - Vou me atrasar!!!
Quem vai meu dia pagar?
Eu não
Fiquei quieto em mim
Como um turista futurista via o futuro de nós mesmos
Trancado em rotinas egoístas
O futuro atirou-me essas palavras
Ouvi o que a chuva de minha alma dizia
Caia chuva
Esse pouquinho dágua do céu
Venha me conectar
Diga para nenhum de nós desistir de insistir
E que beber dessa água dalma salva
As gotas que do céu caem
Batem palmas nos telhados
São chamados
Gravito
Grávido de poesia insisto
Fecundo o momento
Faz muito tempo que estamos presos nesse trem
Só agora notamos
E devagar o trem começa andar
Ouço um "Graças a Deus"
Perdi de novo a conexão
Abro a janela para divagar
A chuva molha meu gosto
Essa chuva lá fora encontrou-me alagado aqui dentro
E vi por um furo o futuro
Juro
Vou seguir o caminho nesse trem relendo o que estou agora escrevendo
Ao relento tento achar meu talento
O trem começa a andar rápido demais
Escrever não consigo mais
As gotas da chuva molham meu papel de rotinas
E olham os meus olhos
E refletem em minhas retinas
Descortinam-me tudo
Dá tempo..
E que beber dessa água dalma salva
As gotas que do céu caem
Batem palmas nos telhados
São chamados
Gravito
Grávido de poesia insisto
Fecundo o momento
Faz muito tempo que estamos presos nesse trem
Só agora notamos
E devagar o trem começa andar
Ouço um "Graças a Deus"
Perdi de novo a conexão
Abro a janela para divagar
A chuva molha meu gosto
Essa chuva lá fora encontrou-me alagado aqui dentro
E vi por um furo o futuro
Juro
Vou seguir o caminho nesse trem relendo o que estou agora escrevendo
Ao relento tento achar meu talento
O trem começa a andar rápido demais
Escrever não consigo mais
As gotas da chuva molham meu papel de rotinas
E olham os meus olhos
E refletem em minhas retinas
Descortinam-me tudo
Dá tempo..
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