quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Hoje haja o que houver aja



Sei-me
Sou do sul de mim
Do meu mundo
Estranho-me
Não sou daqui
...To lendo 
Tolerando o mundo
Me d'escrevendo...
To tentando ser-me
Num mundo onde o aceito é se encaixar
Não
Não vou me encaixar
Sou livre demais
E não jogo fora meus ais
Sinto a cura perto da loucura
Livre piso em ovos e caio na gema de ser
As vezes é preciso sair do sempre e do nunca
Mas não sempre
Nem nunca
Tenho que determinar o que ser e fazer
Tudo não dá pra ser, sei
Quero devagar divagar pela vida
Com classe pedir mais uma
Livrar minhas cores do caminho de minhas dores
Sentir o clima
Hoje, haja o que houver vou continuar ou parar
Tudo bem tem mais
Libertar as amarras e a falta delas
Amar é a ação
Vou tocar o umbral e dele fazer meu varal
Varar  o amor e amar até os traidores pensamentos
Os trazer aos meus sentimentos
E amar até meus sentimentos traidores
Os trazer ao pensamento
Nada importa está aberta a porta do espírito
Estou ciente dos perigos 
Arrisco
Os riscos os imagino que sei
E se me arrepender vai ser de ter tentado
Livre de fato 
Então ok
Caminho pelas ruas
As pessoas cheias
Vou tentar me esvaziar
Olhar para tentar entender
Sem julgar
A luz solar incide oblongamente
E eu tenho que tentar 
E quero propor-me tentar até enquanto puder
Não precisa vir junto
A liberdade é esta
O próprio amor em si se sendo
E eu amo a liberdade de uma zona livre dos limites
Dos limites que nos separam
É dessa liberdade/amor que viemos e talvez iremos nos encontrar
Á isso tenho o hoje
Estou a tentar perceba
Sou um que vezes um da um
Como o sol
O digiro
E dou nisso
Nós



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