quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Soldei um bum

A vida não é esse drama
Vou jogar-me na cama
Jogar damas
Tomar um chá de dama da noite
Algo que faça desse açoite
Essa noite ir-se

As flores me olham do jardim
Parecem sentir pena me mim
De minhas dores

Estou no chão sem chão pra pisar
Machucar lugar em mim não há mais
Mas é claro que de fato há
Faço-me de forte ou fraco
No fundo sou nada mais do que faço-me

Esse barulho dessa gente
Essa fumaça ardente
Eu quero deixar de ser estúpido
Achar que a culpa do mundo é minha
Não vou dar mais vazão
Nem a razão
Nem a coração
Vou deixar rolar

Muitas pessoas que me leem
Não sabem
Nem querem saber
Se o que escrevo é fruto de uma crise
Ou simplesmente minha mente invadindo as letras
Pois saibam eu danço ainda músicas lentas
Até que na noite sonolenta
Apareça o sol que sou
Essa perfeição que busco em minha imaginação
Não eu não
Sou franco
Não é nada disso
Tudo invento
Eu nem existo
Mas não desisto
De...

Snif
Chuif
Desculpem
Mas
Mas
Torrentes
Correntes arrebentem
Seria mesmo um crime não exprimir-me
Sou um soldado
Um aço soldado num pedaço
Um espaço vago
Um infinito beijo de amor
Uma bela história que por mim contada é que ganha graça
E está tudo aqui de graça
Longe do noticiário
Sou mesmo um otário
Sou um homem preso numa torre
Deixando os cabelos crescerem
Uma donzela macho de ferro
Uma tortura
Certo de que essa loucura tem cura
E quando avistar pela janela ela
Juro que desfaço esse muro
No qual protejo-me da dor
É onde plantei essa flor
Que me observa
Linda
Carinho
Espinho
Pétala
Tê-la romanticamente
Automaticamente
Que será que é tu?
Molho a lágrima o jardim de mim
Quero fechar esse texto
Mas as palavras
Os sentimentos
Os momentos a centímetros de mim aqui
Meu estúdio
Meu estudo
Ex-tudo
Eu nada sei
A questão está no ar
Vou respirar
E docemente esperar
E terminar não vou
Vou fechar meus olhos
E aqui sim
Nesse lugar onde todos vamos nos encontrar
AMAR até acordar

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