Ada, é uma estudante de direito, que leva uma vida torta para pagar a
faculdade. Ela está com dificuldades, suas contas estão atrasadas, as notas
baixas e os seus sonhos estão se perdendo. Sozinha, sem alguém para
amar, para compartilhar, ela não via mais motivos para viver, muito
menos para estar ali na academia. A morte era uma constância em sua
vida. Um túmulo se via em cada vinco de suas expressões. Pura apatia,
sua face era uma lápide escrito desamor. -A procura de um homem leal, inteligente e interessante aos seus interesses a desgastara.
Até
que no meio de uma depressão, surge uma paixão ardente. Nessa hora
brilha a esperança em seus olhos . Olhos cavados por rugas, não do tempo,
mas sim da dor de estar só nesse mundo. A procura acabara. Parece ser
coisa do destino, mas bem a sua frente milagrosamente surge Evo, um
sonho em carne e osso. Evo, poeta e cineasta, está sempre sem dinheiro,
mas feliz. Naquele homem com olhar esperançoso de menino, ela sente
carinho. Uma faísca de chance na sua vida surge. É o amor renascendo.
Suas vísceras se descongestionam, a esperança floresce. Desvencilha-se
da nuvem passageira do desespero.
Evo,
em simples trajes, a olha e como uma flechada de cupido a convida para
passar um final de semana no campo. Uma música ressoa no ambiente, uma
trilha musical para os dois. A voz íntima de Ada responde que sim. Ela vai passar o finde, curiosa quer saber qual é? Desse Evo.
A
viagem começa bela. Tranqüilos seguem na estrada, enquanto o sol
insere-se no horizonte como uma ficha na máquina do destino. Eles
chegam, e a promessa de um belo findíssa concretiza-se. Os olhares de
ambos clareiam o final de tarde âmbar. Ada olha o mato vivo, sente a
vida. Evo com cara de desejo a fita. Os dois se encaram. Surge uma
volúpia no ar. Uma enorme saliência cresce na calça de Evo. Bem em seu
bolso da frente, que a uma primeira olhada parece uma lanterna, mas
ainda não estava escuro. Um isqueiro talvez, porém Eva nunca vira um
daquele tamanho. Um celular, impossível, nem os tijolões de antigamente
comparavam-se aquilo. O volume em suas calças cresce, aponta para ela
como um foguete. Um míssel pronto a disparar uma ogiva seminal. Tão
louca situação fez os muros caírem. Ela desmorona e clama para que ele
saque para fora àquela pistola. Ele arrancou seu calibre já o
encapuzando. Ela entendeu bem, não vacilou. Arremessou-se avidamente de
boqueirão. A vida volta em sua mente, via coração. Sugando aquela vara,
que parece ser um pirulito saboreado na varanda da infância. Sente no
céu de sua boca aquelas loucas cabeçadas de glande. Golfando
vigorosamente vida em sua garganta. Ada não quer parar. Seus peitos
chacoalham fazendo uma doce brisa no saco dele. Sua voz suave geme uns
humsss, enquanto ele diz; não pára, não pára. Os dois se olham
sacanamente, ela vira e mostra um botão rosa. Evo com sua língua umedece
o alvo, que logo acolhe o seu patê. Ada sentira no que sentara.
Estremecem os campos, sopram alísios ventos. Os dois levitando vão para o
quarto. Os lençóis do leito, como velas conduzem o casal de amantes ao
destino do prazer. A cama uma nau navegando no ilimitado oceano do amor.
Ele com sua mão macia e vazia a intrigava e excitava. Seria só aquilo, o
tato, o contato, o pele a pele, a sua procura no outro? A cura de sua
loucura próxima? Belisca-se na própria bunda, senti a estocada profunda
dele, que põe e tira aquilo teso de todos seus orifícios.
Num
momento Evo pede novamente sua boca. Ada envolve o mastro com sua
língua, que tremulando como uma bandeira o diverte. Ao vento de
suspiros os dois vão além de si. Os dois se sentem aqui e agora.
Olham-se. Querem-se. Amam-se. As mesmas emoções sentem. Depois ela vira e
abre as pernas, ele ganha um visual interno igual ao da caverna que um
dia saíra. Vê a paz. Suando até pelos olhos, sente-se vivo e que a vida é
boa. Retorna de cabeça erguida ao útero. Eles descobrem que retornar ao
lar é com respeito se dar e se amar.
Palavras
em urros, pra lavrar os corpos. Arados de carinhos, plantando as
sementes de suas mentes. Na vontade de ter prazer sem culpa, Evo troca
de camisinha, Ada concorda. Preferem não procriar. Unidos deliciosamente
seus corpos ganham asas e cores. Voltam a ser dois em um. Decidem
chegar ao clímax juntos, agora. Magnífico aqueles rostos tão perto,
caretas e gemidos homenageando a vida. Sutil e misteriosamente completam
a viajem e retornam sem alarde. Chegaram onde ainda muitos humanos não
ousaram.
Os dois abraçam-se e não fumam, foram longe demais para retroceder a
esses prazeres mundanos. Ada sente Evo leve, e ela mesma está
flutuando. Do peso do mundo em seus ombros, nem sombra. Pegaram a
estrada da vida sem mochila. Ada ontem nem imaginava estar se entregando
a vida prazerosa e relaxada. Agora seguia esse caminho estranho do dia a
dia de suas entranhas. Sem impor complicações. Largada na vida,
vivendo.
Ada,
serena, repousa a cabeça no peito desnudo de Evo, e observa ao lado as
camisinhas recheadas, por de todos os modos possíveis terem transado.
Seu ouvido, sovaco, entre os seios e até sua face, tudo servira de
receptáculo. Os sulcos de lágrimas, em sua face, agora colados a sêmen,
sumiram. Aqueles quadros bizarros que suas rugas emolduravam, agora
vivem uma outra realidade, a do amor de verdade. A verdade do amor
simples e calmo, não complicado nem rápido.
Oh! vamos repetir esse dia, essa noite, sempre. Diz Ada.
Evo com a paciência de amar, afirma que o sempre e o nunca inexistem. Que só o amor verdadeiro é eterno.
Ada olha Evo.
Evo olha Ada.
A vida é bela!
Os dois adormecem ternos, lendo no teto do universo, soletrado pelas estrelas: amar é a solução.
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