domingo, 9 de setembro de 2012

Amar é uma arma

As coisas todas em cima de mim
Sobrevoando como urubus
Eu aqui seguindo meus instintos
Quase extintos depois de tanto vinho tinto
Pinto um quadro assim
Ex-voto
Declaro numa tela que a tenho pintado
E que tê-la é uma pintura que me tortura
Deixo fluir sem controle
As noites seguidamente me seguindo
Acordada acordando e discordando
Lustro meus sapatos
Que são como feios patos que nadam
E nadam para longe da costa
Pra ilha sonhada
Escrevendo bilhetes em garrafas
Soltando ao mar
O mar de amar
Mira amor
Miro amar
Rimo o mar com ramo
De irmos onde vamos
E lá nos amarmos
Onde estivermos e continuarmos

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