segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bem vindos sejam a SI, assim como o SOU a Mi




Desfez-se minha roupa pela minha boca
Eu sou assim
Meu pacto é com a luz que entra pelas janelas
Minhas salas escuras
Obscuras
Quero me compreender à luz do que sou
Eu não quero mais do que possa
Eu não sou mais
Eu não sou menos
Em solo a solução
À luz estou
Eu sei também da escuridão
É sim em mim que estou
Desato o emaranhado de minhas entranhas
Meus olhos brilham olhando o caminho
As lágrimas retidas usinam forças minhas
Eu já chorei tanto que percebo hoje
Que amo desde pulgas e percevejos ao que não vejo
Perceba no meu beijo o calor da barba crescendo em meu queixo
Eu não me queixo
Desenrolo a corda do pescoço
E me jogo na vida com a força de quem a valoriza
Dedilho a guitarra da massa que gritava
Sou um soldado
Sou dado
Os monstros da noite almoçam comigo
Eu os sei até onde posso
Não me atiro em nenhum poço
Sou moço
Sou um Colt 45 à indiferença
Impondo presença

Nenhum comentário: