quarta-feira, 13 de abril de 2011

Paz é Amor, nós elos

Uma pá enorme trabalha
E cheia de sonhos e decepções entulhados
Quer me tapar
O buraco nunca preenchido dos desejos está lotado
Estou aqui em abaixo
Em barro surjo por vontade livre
Em paz
O fim que tanto tinha medo
Está em mim como está em ti
A vida é assim jaz
Feita de nós adubos
O segredo segrega em minha corrente sanguínea
Uma linha
Uma fina linha que sempre havia no horizonte
A ponte sou eu
A fonte liga esse instante em que a pá está a me enterrar
Mas é páscoa
Eu morro e subo no monte da morte
E mostro que o monstro está vivo
E eu meu divo
Estou de novo me amando
Armando os vídeos que verão
Talvez muitos dos leitores não queiram pensar em sua própria morte
Eu não
Eu pego meu corpo do chão
Eu me ergo às estrelas
Só pra equilibrar estou buscando a razão
Quem eu sou não quero saber
Como estou quero estar
Este texto sai como meus vídeos sairão
Preciso de ti meu pai
Preciso de ti minha mãe
Preciso de ti meu irmão
E mais
De você amigão
Nem sei se vale a pena
Mas meu espírito em meus pensamentos diz
Não há gênero
Por isto digo
Minha amigona venha me dar
É que amor ter é amor dar
Mesmo que nem eu me compreenda
Eu toco minha vida
Eu vejo e percebo
E digo oba quando te vejo também percebendo
Mas não devo me alongar muito
Apesar de não gastar mais papel nem luz
Vou terminar
Mas mesmo assim vou solar meus pensamentos aqui da terra
O caixão tem seis lados
Como são seis as direções que tenho pra seguir
Eu ando muito mais pelos pensamentos
Eu não sei quem sou
E nem foi isso que perguntei
Onde vou dar
Também não quero saber
Sei que nada sei
Mas eu estou aqui
É bom então por enquanto eu dizer
Que para sempre estou em paz desde já
Escrevo que a beleza da vida
É que a morte é o intervalo da guerra
Aquela voz que berra

Viva a vida em paz
Siga seus sonhos
Esse é o infinito
Tão infinito que esse verso
Quer ser do universo a medida
Vá vida viaduta
Encontre-se

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