terça-feira, 29 de março de 2011

Só só e sem sexo





É sim
Não questiono-me de que vale o saber
Mesmo isso só me fazendo sofrer
E ninguém querendo saber
Assim
Do alto abismo do profundo eu
Sou eu que me atiro e avesso-me
Inútilmente
Aparentemente
Coloco-me em perigo
Claro que não para escrever estas linhas
Assim a vida em mim se definha
A minha
Conhecimento não só rima com sofrimento
Irmãos gêmeos são
Sensível estou a miséria humana
Sou parte da vida que me faço
Estou só falando de mim
Do pouco que imagino que sei
E do tanto que sinto que sofro por isso
Por outro lado é bom
Tipo assim
Parece que só eu percebo a beleza na vida incontida na poesia contada
Tenho contado o que sinto
Pareço um coitado
Por mim mesmo açoitado
Eu sou mesmo um louco
Eu trabalho tanto que sou chamado de vagabundo por todo mundo
Estou sentado na lua observando tudo
Não mudo
Que beleza singular a vida vulgar
Como voltar?
Recolho-me ao lado escuro da lua
Sento lá e vejo o espaço profundo aqui que há entre eu e esse mundo
Sento e sinto como um turista a dor de crescer por dentro - viajo
Estou só no lado escuro da rua
Sem ter como querer a a atravessar
Ofereço este singelo texto como pretexto pra ti amar
E outras coisas boas ou bobas que possam interpretar
Ou mesmo eu possa
Estou solto
Estou perdido
Mas não quero voltar
O que eu faço?
Meu HD está lotado
Ouço mais um gol
Vibro francamente fracamente
Ouço a música boa para a maioria
Nem um pelo meu se ouriça
Vejo o vídeo que bomba
Que bomba
Bom mesmo é sentir-me um Deus
Criando misteriosamente meus dias
O que no fundo serei depois de defunto
Juro que pago tudo
Mas não fico devendo à vida de cima dum muro
Eu tenho que colocar minha capa e voltar
Eu tenho que achar forças
O mundo não precisa
Eu preciso
Me moldo em retalhos
Sobrevoou as cabeças
Incendeio corações
Leitores estou ae
Como uma vela acendendo o mais que humano
O divino em nós
Ouço minhas lágrimas
É... meus amigos a revolução é a evolução íntima
O desafio de se encarar
Ler ou não ler
Decida que sim
Desça de si
Viaje na viagem de ser se
Fantasio-me de nós
E vamos juntos
Abraçarmos a vida
Vamos nos amar
Exercitar nossos corpos com o respeito e dignidade
Promovendo a paz e o amor
Estou aqui sentado no lado escuro de mim
Iluminando-me a reflexões
Vou colocar minha capa
Me capar
Isto é
Sobrepujar o prazer do sexo
E reproduzir-nos por dentro

"A riqueza de uma nação é a consciência de seu povo"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Em tratamento

Dou uma de bom
Apago os incêndios dos infernos de cada dia
Ái
Que vontade de me jogar num canto
E cantar toda a dor que sinto
Procuro olhar nos olhos das pessoas
Mas só as vejo em mim
Minhas roupas caem basta me olharem
Os finos ainda queimam
Os cinzeiros estão cheios
O copo transborda
Eu bem sei
A cama está vazia
É preciso acordar
E o que importa
Não se importar é moda
Seres humanos pouco se importando
Tudo é exportação
O guia que está pra nascer sou eu
É você
Estou escrevendo agora só pra nós
Sou o que sonho
O resto é morte
Seja o que sua imaginação bafeja
Seja um velho ou uma velha bicha
Diga aos outros que à vida não se mixa
Mexa-se
Meus sonhos em redemoinhos
Ao ralo?
Sim, ralo
No universo destes versos que tratam-me
Sou ainda o sonho medonho da gurizada medonha

Quando eu quiser morrer paro de sonhar
Volto ao sonho JÁ!

domingo, 27 de março de 2011

Caí em si por sacos e vaginas

Insisto em interferir no destino
Vejo em prévia o momento
Latas refletem em janelas
Vem ca me comer
Me fale do que falo
Sobre quem come quem
Todos podem e vão errar
Julgar já é errar
Digo isto pra não cometer este erro vulgar
Essa noite choveu em mim
Percebi que não molhou todos tanto assim
É sim
Igualdades são indiferenças
Meu membro está no meio de meus membros
Que pela ótica de minha cabeça estão abaixo
É justo os chamar de membros inferiores?
Sobre isso que me debruço
Se erro nisto ou nisso
Acerto naquilo
Assim não me mirro em rimas
Por mais que o fogo me creme
E o sol se derreta em minha boca
Estou a solta na busca
Do involtável caminho do alívio
Lívio voltar pra que?
Ninguém vai acreditar
Pulsar
Expulsar
A vida se a vive como ela está
Mesmo por não gostar
Em meus olhos o nunca e o sempre talvez se encontrem
Nada mais que tudo isso
Me declaro menos
Que santo
Que sábio
Que seio
"Em sacos voltamos as vaginas"
Sou uma surpresa suspensa em minha cabeça
Essa presa ao universo

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rede Fina o Mar

Chupo o drop’s
Arregala os olhos
Vai arregar?
Corro
Corro em direção a soma
Gentes em rochas fazem a estrada
Deixo o que quero rolar
Não me robotiza o sentir nem o pensar
Espero sol
O sou também
Em casa de ferreiro sou o braseiro
Brasil
Brasileiro
Ao útero da placenta do planeta
O mar diz em seu seio
Diz não sei o que
O importante naquele momento é saber que o mar diz algo
Me salgo
Salvo minha sereia desde a saída
Da primeira gota ao mar que estou a ver
Solto as alavancas
Fraquejo
Chupo um drop’s
O drop’s que se fez
Dou um 360 em tudo
Solitário 365
Disque da ilha e da estrela que és
180 e tanto do quanto podemos somos
A outra metade cabe a rede
Redefino network

Um pum se sente, não se escuta. Da série "Não sei quem foi"

Meus tímpanos vibram
Dumbo me sinto te ouvindo
O delay é o filtro do sal
Ontem me comovi ao vê-la da janela com um pão
É
Eu moro perto da padaria
Dirijo meu olhar todos os dias as cinco
Sim eu te observo buscando pão
Eu sei a marca da sua margarina
Amarga vida divina
Meu quarto donde te avisto é uma pista
E só aviões pousam aqui
Meu radar estava a rodar
Acabei ao te achar
E jorrando ao prospectar gozo
Cansei
Quem sou?
Cada vez que me ouço remoço
O filtro é o sal
Esse mesmo mar
Toco em meu toco
O entoco em tua toca
Abro a janela a violência
A praga dos dias faz sumir as pessoas
Ando devagar em olhar
Polegar estou
De fato não é tão grande
O a mais satisfaz
Vou aterrisar
Está nublado
Cheiro de gente do lado
O eldorado estraga a realidade
Vivo o fato no fato
Não solto flato ao teu lado
Minha intimidade preservo pelo tesão manter
E a rotina não nos matar

Caçadores de vomitos em busca do Ser que Somos

A luz que carrego está mais aparente em meus olhos Desde criança sinto que sou eu que sou O ar puro abastece minha mente pura A luz estuda o que sou Eu sou o defensor O herói Eu vou Eu sou Vejo em mim a verdadeira relação que há entre criador e criação Olha eu só quero tudo o que posso Mudo tanto que tenho que falar Sou um homem livre Sou meu herói Errei e errarei Mas sou eu meu rei Sou o único que posso colher o que planto Calma karma Riram e riem de mim por eu ser assim Mas eu não vou desistir não Sei que esses pensamentos aqui anotados são o que sou Escrevo o que em minha boca está se descrevendo A vida que você quer eu quero também Cada momento vivo eternamente Vomito tudo o que sinto que sinto Careta eu? Rá Penso ser sim eu o tudo o que posso Descubro um novo eu em mim sim Bato em minha cara com minha vara Sara Cura Saudo minha saúde Senta que a história vai continuar Vomito tudo Quero ver o que me forma ou me deforma Eu sou o que sinto Olha as horas vá embora a grana te chama Eu sou livre Eu sou a liberdade em plena forma A idade bate em minha face e diz Vá ser feliz como sempre fez Não se prenda a nada Vá d'uma vez Dói uma dor que corrói Corro sem carro Curto tiro sarro só no som de carro Pego a luz de meus faróis e aponto para a ponte Aquela que liga o que sou ao que não sou E assim sou a velocidade do pensamento Cara mais louco é o que pensa ser certo neste mundo torto Eu sou Eu não sou Urro Burro carrego minha carcaça Meu corpo lindo sem trapaça nem carapaça Sei que ser humano só tem uma raça A vida me dou de graça Sigo sendo taxado de... passa Sou E quem não É Vai descobrir que É nem que seja no último suspiro Por isso vomito tudo o que sinto A busca

Lobo e lebre de si (Sou)

Minha roupa roça minha pele
Toco-me
Peço-me
Neste instante estou aqui
Guardado entre letras juntas
E o frio lá fora
O tempo não tem nada haver
O lobo uiva e me anima
Eu o sou de mim
Eu não consigo parar de te amar uivo
E por mais que você pense ser você
Eu sinto
Forço o sentido da vida
Fuço a ferida
Urro a rua
Eu não consigo parar de amar
Por mais piegas ou auto-comiserante
Eu estou aqui dentre tantas palavras
Pra falar
Que eu não consigo não contar contigo
Lobo e lebre
Que mais que eu sou?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tri triste

Hoje não tenho mais como esconder minhas lágrimas
Olhe em meus olhos o brilho
Não
Não há mais
Nada mais me diz
Mas
Cerro o punho e bato em meu peito
De frente para o espelho
Pra trás olho
Tanta gente e situações que só existem em mim
Estou me dizendo
Por mais que eu aja e nada mais haja estou aqui
O espelho está partindo a cada momento que estou refletindo
E outro tanto viajando
Me dou a mão
Alcanço minha face triste
Minha voz insiste
Abro a janela
Sou cada momento que passou
Nada mais
O quintal
O varal
Eu depois de tudo o mal
Meus amigos estão bem
Bem aqui
Meus heróis morreram
Sobrou eu sobre os escombros
Estou triste
Em mim enfim

quarta-feira, 23 de março de 2011

País do Sol Renascente

Por mais que eu seja homem
A natureza vem
Os japoneses vestem todas as suas japonas
E eu estou certo haja pão ou não
Aí vem uma vontade de fumar um ou não
De tomar todas sim
Quero ser vejam ou não
E por mais que brilhe o sol
Eu sou mais eu
Tente ser mais como eu
Eu amo estar assim como estou
É tudo tão lindo
Eu amo vocês iguais sim a mim

terça-feira, 22 de março de 2011

I love world and word

De tanto acreditar em minhas raízes semente sou
O tempo volta a cada momento que digo
Que sigo meu sorriso
Estou forte
Sorte!?...
É meu níver
Devoro meus ovos com arroz
Me digiro
Me dirijo
Estou contra as regras do word
E do mundo todo
Tenho que ter a força a força
Me roça a corda no pescoço
O sonho se desfaz em realidades pesadelas
Nada mais sou do que a intenção natural
Sou uma semente que tem em mente os frutos a dar
Evoluo
Minha mente diz sinceramente não aguento mais
Mas eu a questiono a me responder
?Se caso meus excessos não satisfizeram
É claro que eu fiz tudo o que quis
Mas ainda há mais
Que esse meu sapato 44 caiba em cada passada
Eu amo equilibradamente a vida e a morte
Bambo por ae
Faça o que quiser
Porque estou a isso fazer
Não importa a vida é curta de qualquer forma
Curta

domingo, 20 de março de 2011

Sem título




Eu tenho que ser bom
A noite
A multidão
O amor
Sinto você bem aqui
Batendo em mim
É que...
Eu aceito você
Minha companhia é você
Escute esse som do meu peito
É nesse batuque
É nessas ondas
Quero que você resista
Pois não há nada nem ninguém como você
Eu aprendi a chorar contigo
Lindo
Minhas emoções em monções
Por mais que eu não sabia
Hoje está bem claro
É verdade
Não há maior companhia que você
Não há como esconder
Na multidão eu lhe achei
Você tem que ser bom a cidade me diz

sexta-feira, 18 de março de 2011

Como o Japão humanizo-me e ergo-me refeito (METAMORFÓSI)

Ok
Mandei mal
Mas nada que eu não possa recuperar
Caem umas moedas do meu bolso
Mina sou
Andei errado
Até estúpido fui
Mas o certo a frente de meu nariz diz
Que por mais errado que tenho andado
Eu tenho todas as chances de as vezes me sentir feliz
A força de modificar o rumo e mostra o prumo
Decido tomar um banho de sol no parque
Massageio meu corpo todo
Acho nódulos
Os desfaço
Refaço-me
No parque quase sem roupas não estou nu
Estou me amando
Sinto o que pensam os que por mim passam
Machos passam me olham atravessados
As mulheres gostariam de ter o meu peito
Reflito sem julgamentos
Muitas pessoas cuidam mais de seus carros que de seus corpos
Mas eu sou assim
Só mais um humano tentando
E não é só por mim
Tenho uma multidão
Torcendo por mim em meu coração
Esse músculo com M maiúsculo
Que me torna algo tanto
Pois não sou um molusco me arrastando
Estou em ti me nos amando

terça-feira, 8 de março de 2011

Silênciou

Nosso amor é tão profundo que um dia emergirá
Por mais confusa que a vida pareça
Estou aqui
Escravo e livre
Ando até a proa do nosso Titanic
A última vez que te vi me disse
Estou aqui
Meu segredo conto sempre
O sorriso a sete chaves guardei
Esta noite te senti aqui
Eu tenho que te encontrar
Por mais perdido que eu esteja
Eu acredito no que está escrito
Por mais longe que do amor tenho acertado
Venho me tocando
Ouvindo meu silêncio
No fim eu sou seu
Me faço de herói
Pois cada dia eu me salvo
Eu me salgo
As pessoas me olham
Mas não veem
Eu ando tão só
Esse silêncio
Meu sentimento sentindo tudo
Especialmente o eco de tua falta
Eu me engano
Me esgano
Passa uma pessoa
E ela?...
Mas e o silêncio

segunda-feira, 7 de março de 2011

Amor Antes - O Canto Encantado

Esse vício de sentar nesse canto encantado Sou
Sou mais um
Eu tenho que voar
A minha voz está na brisa
A minha alegria ofende as pessoas e a mim mesmo
Eu sou assim
Mas não há o que não tem em mim
Meu bem aceite o sol
É você em mim
Nós em nós
As estrelas companheiras me falam
Eu tenho uma voz que não cala
Esse frio que vem do sul não sou
O fim que vem do não
Não sou
O ar entra em minhas ventas e decora minha mente cor-de-rosa
Na saída torna minha garganta flauta doce
Somem outros sons
Escute esse sibilar ouvido humano
É o encanto das sereias em canto
Em cada sílaba, sons e luzes
Imagino
Junto a melodia minha na sua
Olha o som vindo do sol
Uma sinfonia de sons e luzes
O que encontro em mim no sol
Transpuni-me da luz sua viagem
Me desmaneia as moléculas
-Meus livres, organizados e amados sentimentos e pensamentos
A tua maneira me leia
Para que possamos fugir desse meio nesse instante
Aonde nos encontramos na energia criadora
Pra lá nesse canto do início nos explorarmos
E eu não vim até aqui pra bater em sua porta
Temos as chaves pra nos soltar
E nos soldar amando
Sentir daqui a eternidade é...
Diz
Se decida ou não
Bem amo tudo isso

Destino íntimo

As vezes penso em desistir
Todas as minhas vozes uníssonas dizem:
Ainda da
Passo rente a ti
Desistir do que?
De viver
Brindo a alvorada
Desenho em mim tu
Brinco com meus brinquedos pensando em ti
Me pego soltando um
Faço um brinde a vida
Eu sou bom
E bem moderno
Perdão te perdi
Grito às noites até amanhecer
Por esse lado da rua ainda ando
Por mim ainda da pra viver a vida juntos
É pra valer
Estou me dirigindo pra ti mesma
Na janela do quarto estou inteiro
Como um milagre espie em si
Estou ainda ae
O céu se fechou pra provar o que sou
E não sou nada do que pensamos
Imagine um príncipe
Que acontecerei

terça-feira, 1 de março de 2011

H2Ósi

Água
Eu quero beber
Ái
Eu não vivo sem ti
Água rara
Minha desculpa não é o lúpulo
Água é por ti que não pulo
Mãe terra tua água me sacia
Tipo águia me guia
Sou um sedento caminhoneiro
Me guia
Sou uma criança
Não sou mais
Porque nada mais me convence
Tomo a liberdade como um copo d’água
Diluem-se meus humores
Líquidos secretos excretos
Água lave
Me torne leve em seu empuxo
Doutora de doenças sãs
Minha psiquê sente em H2O
Me puxo Óh!
Eu sou uma multidão
Fabrico em mim meu um milhão de amigos que quero ter
Miro de dez a cem com ou sem
Acerto a nota certa que toca toda a música da vida
O norte
A morte
O sul
Os sulcos de minha face
O monstro que é a velhice
A sorte dos fortes
O solo do profundo Eu Sou sou
Chuva na curva
A nau na onda
Onde me escondo tem mais eu do que eu possa ser
Abro a porteira
E repito todos os meus erros até acertar
Prismo sob minhas lágrimas
Bebo-as
Sacio meu cio eu mesmo
Renasço
Laço cada alazão
Pegasos
Eu sou assim e assado
Brilho no meu molhado
E sempre tem mais
Mas
Mais um gole para encher meu fole
É a água pura que me cura de uma futura loucura
Ao chão de braços abertos estou pedindo chuva
Como me conter e não contar
Eu sou essa peça
Nessa engrenagem

Pra eu