Água
Eu quero beber
Ái
Eu não vivo sem ti
Água rara
Minha desculpa não é o lúpulo
Água é por ti que não pulo
Mãe terra tua água me sacia
Tipo águia me guia
Sou um sedento caminhoneiro
Me guia
Sou uma criança
Não sou mais
Porque nada mais me convence
Tomo a liberdade como um copo d’água
Diluem-se meus humores
Líquidos secretos excretos
Água lave
Me torne leve em seu empuxo
Doutora de doenças sãs
Minha psiquê sente em H2O
Me puxo Óh!
Eu sou uma multidão
Fabrico em mim meu um milhão de amigos que quero ter
Miro de dez a cem com ou sem
Acerto a nota certa que toca toda a música da vida
O norte
A morte
O sul
Os sulcos de minha face
O monstro que é a velhice
A sorte dos fortes
O solo do profundo Eu Sou sou
Chuva na curva
A nau na onda
Onde me escondo tem mais eu do que eu possa ser
Abro a porteira
E repito todos os meus erros até acertar
Prismo sob minhas lágrimas
Bebo-as
Sacio meu cio eu mesmo
Renasço
Laço cada alazão
Pegasos
Eu sou assim e assado
Brilho no meu molhado
E sempre tem mais
Mas
Mais um gole para encher meu fole
É a água pura que me cura de uma futura loucura
Ao chão de braços abertos estou pedindo chuva
Como me conter e não contar
Eu sou essa peça
Nessa engrenagem
Pra eu
terça-feira, 1 de março de 2011
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