quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meu placebo se cura

Sem sono me atiro
Atiro-me sobre mim
Tudo me soca
Meu rosto
Minhas mãos
Meu corpo doído
Será a vida
O que faço?
Esse revival
Estão todos aqui dentro
E mesmo o medo
Será a insônia a somatização que sinto
Há um anônimo em mim
O sinônimo de mim
Vasculho em desespero meu rosto seco
O vale da ilusão
Tomo mais um gole do chá
Essa sensação de perigo constante
Sinto que sou uma cobaia
Está tudo escrito
Descrevo isto
Por isso em meus textos levanto
Com a alma bipolarizada levanto
Civilizado ouço meus instintos
Pajé curando
O rito digito
Grito pra dentro
Acordo do lamento
Estou gastando minha crise
Fazem 5 minutos que estou aqui
Está passando
A sensação abrupta da morte que busco some
Inclino-me na poltrona em frente ao PC
Esse meu texto como um comprimido me salvou
O vale da ilusão está em monção
Amigos
Amigas
Procurem em si
Acho que me perdi por ae
Banhado em suor
Vou achar um fim para esse
Só para esse placebo
Mas quem me dera ouvir da bo"ca dela"
Sou sua
Preciso aqui dentro do teu hálito de rua

Um comentário:

Anônimo disse...

Legal teu placebo. Isso tá com jeito de ser um pânicuzinho básico.
Isso ou bolas panquecantes
ushuaiaahahahaha