sexta-feira, 2 de julho de 2010
A Fenda Feminina
Tento explicar aos meus olhos o que eu vejo
Primeiro eu tento não ser o monstro que posso
Invejo aquele homem
Aquela mãe
Eu quero ser o maestro
Mas vem mil empecilhos
Já estive aonde vou
Mas não sei como explicar aos meus olhos o que vejo
Falo para minha alma dizer pra eu anotar
No final das contas não são as contas que ficam
Não me queixo ao SPC
Quero me ser esse é o meu dever
Caminho lentamente para aquela corda que acorda
Nos momentos que antecedem meu suicídio penso no meu futuro
Não me amarro
Me agarro
O plano para cada vida depende certamente de ser combatente
Eu não vim até aqui para desistir agora
Tragam essa corda
Vou me dar corda e acordar
Não importa quantos durmam
Mesmo discordando
Estou acordando
A vida é o meu acordo
Conto para os meus olhos
Não adianta me vendar
Não estou a venda
Passei pela fenda de minha mãe terra
Por isso honro o que aqui vejo
Milhões de anos deram em mim
Hoje estou aqui
Apanhando flores somente com meus olhares
E me entregando a todos sem julgares
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