Lixei o chão com minha cara
Escovei os dentes com navalha
Amarrei meus cabelos com chicle
Então tomei chá de marcela com sal
Quem será que vai me ajudar a eu me ajudar?
Um urro sai do meu peito vazio
A oca mente louca expande-se
O universo sente nesse verso
O encanto ausente de estar e não ser
O amor em broto dormente
Um fim no sim sou que nem a gente
Na areia movediça me atiro
Mato a sede com água fervente
Eu me torturo a cada momento
A cada pensamento
Um espinho no pé
Uma caminhada à FÉ
Pego um plástico boto na cabeça
Inflo vou voar
Em outro local estar
Me atiro no esgoto cloacal
Mergulho no meu orgulho
Não posso não pensar em me ajoelhar
E pedir...onde você está?
No crack você não está
Nos bares da vida
Cavoquei minha ferida
E não te achei
Onde anda minha onda?
Quem será que vai?
Quem será que sou?
Não há maior tristeza
Que acordar de coração vazio
Meus amigos ao me verem perguntam
Onde estou?
Quero ser sincero
Espero que consiga
Onde quer que eu vá?
Eu vou
Lá devo estar
sexta-feira, 26 de março de 2010
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