
Pôrra! Galera! parem com essa barulheira, por favor, por nós. Vocês não podem ver que as minas estão se pegando, ali no canto? Não notam que a loucura da embriaguez de nossos tempos as fazem experimentar de tudo agora mesmo? E que o prazer é todo o intento que vivemos?
-Cala boca, Ósi! Enquanto as mina se grudam – té tesão me dá – você fica aeh vociferando reflexões próprias, mesmo tão nossas. Sugerindo mudanças, tipo tua dança que requebra cada osso. Que tu quer mais? Somos os atuais donos de nossos narizes animais.
-Tá louco, Diego Parlatore! Veja no céu a lua eternamente terna e pura. Perceba que daqui lá não há loucura. Vem da janela ver a luz nela do sol na terra. Vem desvendar o breve eterno amanhecer que é o viver. Estou cansado de não ter com quem falar. Chama a alma humana lá.
-Gatas, a vida voltou!
-A luz que debruça na face dela nos mostra o quanto é bela. Ela. Lua. Rua. Nua. Sua.
- A imensidão de meus sentimentos de mulher, me faz branca procurar no negro o acerto. A mistura nos tornará humanidade menos desigual, para que em mix sublimemos leve.
-Veja amanheceu na mulher. O que no homem não aconteceu!
-Mas nenhuma mulher me quer!
-Faça reluzir em si o seu Eu, que ela olhará para ti! Você está no Céu como no seu Eu.
-Ósi, esse vazio, essa pista vazia não me leva a dançar a dança da vida.
-Pegue, já que está, não perca o trem, nele embarcaram todas as almas dos navios negreiros.
-Não despiste. O que disse é que eu queria ver aqui na minha frente o meu amor.
-O seu amor está aeh!
-Ósi, meu umbigo não é meu amigo. Esse piercing representa essa dor. Quero imacular Mamãe...
-Eu sei, quando tudo dói a dor se esparrama e acaba com a cama de quem ama ou descansa. Somos zumbis?
-Porra, Ósi. A noite acabou e estamos aqui cheio de mulheres, batendo um papo de amigos.
-Sei, já é dia. É sempre dia num lado da vida, a noite é uma farsa. O fogo do Sol que está no céu, como em ti, ilumina a vida e a inominável questão/resposta que não nos cabe decifrar. Nem tentar, pois nos expulsa*
-O fogo do Sol ilumina minhas pupilas naufragadas em lágrimas, esse papo como uma jangada me trouxe a praia. Ósi, sinto na dor, brotou-me, o amor.
-É o que somos
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