sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Bruma Louca (mádrogadas)
Após tanto lagartear à rotina grátis de sol
Chega outra noite de um dia qualquer na minha vida
Tudo o que se faz
Se desfaz
Certo como o dia muda
Serena a lua no céu flutua
Em frente ao espelho
Me afio a um novo desafio
Meu cabelo liso como meu bolso
Lambido como meu corpo lânguido
Que dureza
Nem se apresenta com essa aparência
O espelho diz a verdade que reflito
Imagina a cena
Pega uma pena e anota
Ninguém é tão idiota
Lá vem mais sujeira
Chega da rua um hálito vazio
Numa boca linda
É justamente a mulher dona da boca de fumo que vou pegar
Áh! Não vou me chapar
Vou sair pra dançar
Quem sabe se o dia de são nunca não é hoje à noite
Não dou corda no relógio, sem cordas, sou livre!
Sei o que são regras e imponho liberdade a elas
(vou usar vírgulas, para me contrariar)
E, aliás, não sou um pássaro, não me prendo em gaiola
E não preciso voar
Amanhã e ontem, dia e noite, sim e não, agora sou
Se não me amas, eu ti amo e se ti amo, tu me amas
E mais...
Até vou construir um castelo de areia na beira do mar
E não vou mais chorar
A mina diz sim
Coloco a mão na dela
De mãos dadas vamos tomar banho
Ela não disse não
Com os olhos de sim, entendi assim
Tem horas que não tem não na vida da gente
Não quer ler tudo?
Vai tomar banho!
A água a vida, ao corpo o Saara
O sol ascende lá fora
A mulher me chama
Me convida para entrar
Orquestram-se os neurônios do maior órgão humano sexual
Tô duro!
(A mulher planta uma semente eterna no coração em chamas)
Rego o jardim dessa mulher com o que ela quer
Não sou passional
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