domingo, 18 de agosto de 2024

Lenço umedecido

 



Te amo tanto, mas me cago de medo ao falar com você

É só eu chegar perto de você 

Já começo a ficar sem ter o que falar

Começo a me peidar

Eu sou louco mesmo por você

Onde está, não estou

Estou no banheiro a cagar

As vezes no banheiro penso tanto em você que tenho que bater 

Você é uma sereia 

É muita areia pro meu caminhão

Eu ando arrastando esse sentimento pela cidade de cimento

A cada metro

Cada centímetro 

Te sinto aqui dentro

U u u u ui 

Te amo tanto e não consigo te conquistar

E assim de longe me escondo onde ninguém me encontre

Talvez numa canção encontre você e dançemos juntos então

Por enquanto fico eu e esse lenço limpando meu borrão

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Sol que assola

 


Sigo lado a lado com meu lado alado

Voo por sobre as pedras das pedras em que minhas águas

Em ondas se chocam

E eu então durmo para não acordar

Ao não concordar com o que vivo

Vida vivo assim por enquanto meu braço não alcança o amor

Nas minhas mãos as crostas de tanta dor corroem meus dedos

E no fim meu Deus do céu que faço nosso

Grito urro em sonho

A terra que sonho é a mágica que some na rotina matinal

De acordar sem tesão de viver

E não ter a força

Nem a hora de pagar a luz

Onde estou? O que faço?

Sei bem te indago

Cadê o brilho do nosso olhar ao nos vermos

E o amor disse

Ressintam isso