terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Vida Consorte

 

É de noite e eu em pleno açoite

Noites sem dormir

Sem comprimido a me comprimir não conseguia dormir

Tive que me vendar pra não ver-me vender a me comprar o meu exprimir

Eu quem? Dançando numa pobre boite

Já fui tentado a me matar por ordem de laboratórios

Mas em meu velório não fui, não houve

Eu não me vi ali, mas me ouvi aqui

Minha voz saia pra dentro de mim

E me dizia que minha história é mais ou menos assim

O que escutei de mim?

Que eu enfim

Rimei início do sim contra meu fim

Foi bem num dia de sol e frio que senti-me na beira do abismo

Não vou me atirar não quero isso

E numa pisada macia saí disso

Madruguei de servo do vício até acordar o Rei de Mi

Desci num sumir e decidi por mim

Aquela ideia que não saia, saiu

E deixei pelo caminho um rastro de luta pela vida

Que não ia ser por perder tanta disputa que me entregaria

Ria caso nada lhe transfira essa minha festa de vivo Star

Que testa a tua ofensa que espelha a oca vida louca

Do vazio que se preencheu ao chega de sofrer

São meus olhos que iluminam o caminho que caminho

Em fuga subi pra cima do monte Vida

E dá-me a vida consorte


 

 

Nenhum comentário: