Presos nos elos de uma só cadeia
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece
Outro, de martírios embrutece
Cantando, o ser humano geme e ri!
Fatalidade atroz que o pensar esmaga!
Extingue-se nesta hora o que o obriga a ñ brigar
A viver sem questionar esse brique imundo do mundo
O trilho que te faz viver a vida sem brilho, descarrile
Abriu em ti a vigia
Com tua íris vê ao longe o arco-íris
A infâmia é demais!
Levante herói do Novo Mundo!
Arranque a indignação e a desprenda nos ares!
Abre à porta ao ti questionares
Povo! Povo infeliz! Povo, mártir eterno
És do cativeiro o Prometeu moderno...
E cruzais os braços... Covardia!
E nem murmurais... Hipocrisia!
— É preciso esperar... dizes
Esperar, o quê?
Basta! A hora soa...
Tua voz revoa
Por nós clama
A nova geração rompe da terra
Se pobre, que importa? Seja livre... És gigante
Ó gente, despertai... Não curves a fronte
Já falta bem pouco. Sacode a cadeia
Te livra do que te rodeia!
A luz da alvorada de um dia melhor nos ladeia
Arranca este peso das costas, Atuante
Atue antes
Levanta esse madeiro dos ombros teus
Vai, Poeta... Rompa os ares
Cruza a serra, o vale, os mares
Deus ao chão não te amarrou!
Tu és livre!
End entend
*Castro Alves, é eterno e então atual. Agradeço ao éter q nos lega-o...to be continued...
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