domingo, 22 de maio de 2022

Se recusem de me ler, mas não eu de escrever

 


Conte quantos corpos meus já acharam

 

Não pense que não penso em minha mãe e meu pai

Minha família está marcada no pacto do meu peito expectorante

Parece que tô louco, mas não

Com a mão paro os carros na rua

E eu...não paro a tua, não pare a minha

Com a mão mexo a sopa de pedaços de mim

Conte quanto corpos ainda temos

As vezes fico brabo com o programa de minha mente

Encho o saco de ver TV

E troco de canal em canal

Meu corpo carnal quer além desse carnaval

Misturar tudo meu corpo branco e preto e puto com tudo

Olhe para frente e pra trás pelos espelhos

Vejo que a bateria de meu coração metralha tudo o que sinto

É que estou no meio da noite

Na rua nua e dura

Meu estilo esguio de ser chama a atenção

Torne-se sim um claro não a essa situação

Conte você seus corpos pelo chão

Os de si

Livres da noite dos dias que não mudam

Claro que tenho que ajustar os meus textos aos fechados de si

Aqueles que não vêem seus corpos pelo chão

Ou nem deixam pela ilusão da normose

Não eu não

Em minha vida Hardcore não há o que decore suas paredes

A base do pó da reba da última dose que tomei

Bateu diferente 

Quase, mas não morri

Parem de não me entender 

Agora que estou me entendendo, entenda

Se atenda e nos encontre

Vivendo estamos todos morrendo

E longo é o grito da massa contorcida

Limitei meus texto até aqui

...

 

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