O muro que nos divide agora é minha branca folha
Como fosse a tela branca que o artista olha
A espera da borrifada da tinta dos sonhos
Mergulho em meu orgulho e me engulo
As partes íntimas das paredes ao meu ângulo tornam-se
espelhos
Tenho que imprimir minhas impressões
Ressoa em mim Pessoa
Tenho em mim os sonhos do mundo
Sentimentos fogem de minhas inspirações
Vou ao fundo
Finjo dormir ao acordar e discordar
Alouuuu
Minha voz o tempo não calou
Aumentou minha dor
Tenho que gritar urrar urdir
Somem as luzes externas
Somente as internas alumiam
Vem me apresentar eu a mim mesmo
Sou sim a ansiedade e o medo
Que por meio de mim me usam
O quem minha frente se revela?
Meus dentes caninos mordem as palavras
Minha juventude em última atitude de revolta
Mostra que a curva do meu olhar faz a volta
E o tempo a minha frente demonstra que o que vi
Nada mais é do que um adeus ao presente
Que pressente o futuro
Bate em mim um furor que vejo o muro transparente
Ao meu ardor transpassa a dor de viver e ser somente
Um perfume que perpassa a fumaça que passa
Se esvai tipo a liberdade que se prende ao acaso
Tão pequeno caso de me ser
Num mundo onde lanço minha lança
É amigo
Estou emergindo de meu umbigo
Um salto ao contrário a lei da gravidade
Mas não sem graves cicatrizes
Dos tempos em que fomos
Ou somos
Eu e você
FELIZES
Pintemos juntos essa tela novinha em folha
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