Quase sorrindo vi uma lágrima caindo
E do ar daquele instante me distanciei e vi mais
Estava relativamente bem, mas me sentia mal
E eu olhei bem no espelho distante minha face
Minha nuca correu de mim
Fez uma volta por cima e por baixo
Enfim estava na ponte entre a vida e a morte
Parei embaixo dessa ponte
Uma voz criei
Ela disse: Sua vida me conte:
Eu em subterfúgios não consegui conectar meus pensamentos
Não quero me explicar
Mas não consegui minha vida contar
O espaço entre o céu de minha boca e minha voz se preencheu
de um vazio
Estava com azia de tanta bebida
Eu queria alcançar uma comunicação com minha própria vida
Que extinguia
Eu
Eu duvidava da dádiva da vida
Me levantei e corri para cima da ponte e me joguei da vida
Juro que eu pensava ser um muro aquela altura
Fiz o crime de me jogar ao outro lado da vida
Havia vida no outro lado
Ela me jogou de volta e me fez uma ponte
Uma fonte da vida
Uma água que verte pelos meus olhos é minha fala
Que nunca cala
Alo alo
Você que está querendo desistir
Leia isto
Seja o Cristo ressuscite
Saque aquela estrela que estala em cada pega na pedra
Alo Alo Falo
Se não há mais o que falar
Há ainda o ar
Se jogue
Se toque para cá
Pra que pecar e contra a vida atentar
H2O nós aqui
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