Converso comigo mesmo nesses versos
Estou, mas não sou triste
Talhado sou ao que nasci e ainda resisto a isto
Esgano um eu inocente
Para ser aceito por uma gente que não gosta de quem é gente
Máquinas tocadas a vapor desse pavor de se ser sem emoção
Renunciando a si
Nenhuma dor é pouca aqui dentro ou em quem se ama
Ou no mínimo se perceba
Canto um sim ao morno momento que se aquece
E saio de canto para o centro do ser que serpenteio
Tenho que ser ao que nasci o sim
Bata meu coração livre e saiba que o sei
Assim como minha mente assegura a verdade que sente
Tenho que me ser
Não vou parar
Não eu não
Nem ninguém merece ou tem que ser assim