Me resta a poesia de estar nessa cidade sob meu prisma
O óleo de meus olhos tornando sol essa meia noite
E o sinal vai abrir de uma vez ou não
O carro do vizinho é mais caro que o meu
Mas não tem eu
Um rebelde da beira na big city a beira de uma loucura
qualquer
Tipo parar o carro no trânsito e descer para contemplar
unzinho
E o poeta na selva de pedra
Cimenta a ciumenta vontade de estar na beira
Ele anda pelas ruas
Ele toma mais uma
E o tempo se arrasta
Louco para voltar para seu habitat
Ele vai conseguir seguir sua vocação?
Não sei não não
Ele fala inglês p quem não entende seu português
Ele não está nada bem
Talking Heads
Cabeças falantes
Não falam de antes nem de depois
Estão na janela do agora
Debruçados de cotovelos velados
E o pessoal do grupo nem aí
Ok
Ele está na beira da rua
Na sarjeta
Ou não
Drogas dos anos 80 não tem mais
Será que ele vai aguentar
Não sei não
A night dos gondola não te mais
E o Humaitá tá que tá
Não não me lembre mais
Isso eu já fiz
Hei amigos de tempos idos
Estou indo
Com a mão desses dedos digitando
Que eu to eu to
E sei que encho o saco de vcs
Mas eu não tenho com quem falar
A Pandemia mia em mim
Eu lato meu latim
Enfim
Vivo
Sobrevivo
Convivo?
Vou ter que terminar em monólogo que ninguém lê
Nem me vê na sarjeta
Sargento sardento
Colocando pimenta ardente em meus olhos
Eu não tenho mais o que dizer
Além de que
Amo esse oceano
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