Sei estou assim de novo
Mas se o ar que eu respiro e água que bebo nãos são mais os mesmos
Porque vou ser?
Um mesmo rio ou mesma atmosfera
Nada é igual nunca
E eu?
Sou o que serei sempre?
Vou desenhar um dia hoje e ele nunca mais será ao que desenhei
E o leste desta peste que sou não é a mesma méééé sou nééé
E nem a bosta que vai fazer amanhã será igual a comida
que comeu hoje
E eu? Serei comido por vermes que vêem o que comem?
Sou essa bosta que tanta gente gosta
Tipo coisa pop
Eu nem sou eu mesmo
Lá venho eu DEusMÔnio de novo
Estou perdido na escuridão da luz que me cega
A luz não chega ao meu entendimento
É sempre noite e nunca durmo
Não me encaixo em nada
Alta voz sobrevoa meus sonhos e me leva
Quebro todas as regras negras e brancas
Baixas e altas
As vozes rasgam meus ouvidos e garganta
E não há nada que garanta ou revele
O horrível destino que nos espera
E nem mesmo a miserável vida atrás de dinheiro que temos
Acho que perco minhas sombras entre luzes
Minha dúvida é se minha vida é isso?
Minha memória vai se perder
Como minha mãe
Sou uma criança no útero inteiro de um aborto num banheiro
Sou aquela bandeira quadriculada apontando o fim da corrida
E estou na primeira volta de minha revolta
Livre indago
Cadê Deus?
Vou morrer
Mas nunca soube onde estou e nem pra onde vou depois
Então o silêncio de meu corpo morto diz
Em um caixão sou um completo não
Um não
Ao que me foi posto e ao onde estou posto
Quero e sempre quis dormir e não morrer
Mas nunca dormi em vida
Então deitado meu corpo urra
Que vida
Urra só queria descansar um pouco e voltar inteiro
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