sábado, 31 de agosto de 2019

Pau use-se


Digo ao meu eu
Não pare de se ser
Digo ao meu eu
O azul do céu é meu
Quero entender o que estou a fazer
Alguém como eu tem que se dizer
Sou eu o responsável
Pelo que seja
Esse momento por exemplo
Ouço a chamada
Presente!
Estou na minha mente

Pause

Além do pau use
Se lambuze de livre arbítrio
Minha barba cresce nessa minha cara
Sem ser mandada
Minha mente se expande igualmente
Minhas mãos tamborilam esse teclado
Não posso e não vou ficar calado
No profundo desejo encontrei minha pura vontade
E os meus gritos agora são sussurros
Assoprando em meu pensamento
O vento está mudando
Agora vai
Sei que um pouquinho já sei 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Diários das emoções


A vida essa metamorfose
Um renascimento eterno
Paixões
Prazeres
Saberes
Tragam momentos lindos e fugazes
Junto com suas consequências
Essas que me amadurecem
Ao ponto de eu querer os entreter
Com esse meu escrever
Os quero agradar
Será que conseguirei?
Com tanto entretenimento 
Que esse meu texto capte essa ânsia por novidade
E o troque pelo sabor de saber o que for
Eu na arte de distrair
Não vou os trair
Hei de conseguir mesmo que
Minimamente os fazer esquecer a pressão de tanta pressa

Tudo está nas redes sociais
-Toca o barco e escreve logo

Voilá
A poesia transcende-me de cara
Ascende-me
Transformando-me

Ontem perdido
Foi divertido
Precisava por isso ter passado
Hoje 
Equilibrado tenho me achado
Sem exaltação
Reconstruo-me
Com carinho a luz banha de prata meus cabelos
Gosto de envelhecer 
No processo de construção/destruição/reconstrução
Compreender as fraquezas do corpo e adaptá-las as novas intenções
Sou o mesmo
Mesmo sendo outro
Sou o Elo etário do eu novo ao eu de novo
Crio/Trabalho
Remédio melhor é trabalhar
E amar o que estou fazendo
As palavras encantadas crescendo
Cantadas entre vontades e desejos 
Lavrando caminhos
Alquimia Verbal
Digitando o que estou sentindo e pensando
Inventando
Investigando
Conheço-me mais a fundo
Sou meu conselheiro
Cíclico como tudo 
Vou indo e vindo 
Lua após Sol
Calor e Frio
Choro
Rio
Há 
Não há
Mas tem mais que essas realidades contrárias
Há o caminho do meio
Tive que ir de zero a trinta para descobrir o meio
O 15 é o meio da régua de 30
Estou numa montanha e a cidade ao longe brilha
E vem me entregar mais poesia ao olhar

A noite tece o anoitecer
Sento na sombra de uma árvore
Sempre há sol na humanidade
Estou nos braços da natureza
Tem que acontecer na humana idade
As estrelas brilham num mundo feliz
As pessoas andam alegremente 
Não vejo
Mas sinto
Um pedaço de mim contempla o meu eu
Lá dentro
Outro céu
Crio o silêncio
Fêmea no cio
Ligo o fim ao início
Amanhece
Corro
Desço a planície
Tudo está perto
Mesmo longe
No coração a paz
Lá dentro o que jaz
Nada aqui dentro se desfaz
Vou ter que sim
Derramar um pouco mais desse mar
Ledo desengano
Sento a beira do oceano
Te amo
Fluo por toda a parte
Ventilo de poesia o sim e o não
O nunca e o sempre se abraçam nesse momento
Formando o elo proposto desde o início
Destilo símbolos pelos meus olhos
Os decifro de dentro
Deixo
Saio caminhando e correndo
Discorro o que sinto
O sol corre pelo céu não atrás da lua
Ele anda a passos marcando encontros no tempo e espaço
Latitude
Longitude
Hora
Dia
Ano
Algo que pede novas canções
Para dançar
E danço
O coração pulsa e expulsa
Batendo asas levando o embrião que cada um somos
Cromossomos de uma mesma humanidade
Na pele sêca a semente brota molhada por essa água dessa mente
Criado lendo
CaGhoete

Ah...e sobre distrair
Este texto já não mais tenta
Já tomei-lhe tempo bastante
Para que entenda





...E por falar em mim
Onde ando?
Aqui dentro ainda
Cantando/Dançando
Estrelas entre elas
Entretê-las
Entre telas que pinto...



quarta-feira, 21 de agosto de 2019

My mind present me



Tenho que escrever uma coisa
Vou suar um pouco
Ao usar "além" de meu corpo
Na fumaça incensar o que tem queimado em mim
Eu sei sou bem louco e agradeço
Dar um tempo preciso equilibrar
E como sempre disse tudo passa
Mas amarrota um pouco
Muitas boas festas ainda faremos
Pelo caminho do meio
To preparando meu sex
Olho-me da cabeça aos pés
Tomo um Café com Karatê
Sou senhor e não quero passar por aqui e não me conhecer
Sinto prazer e dor em ser quem sou
Tanto tempo já passou
Vou descobrir pra quê vim
Pra não mais fugir assim
Sem saber do que nem pra que
Olho em meus olhos e vejo respostas la dentro de minha pupila sedenta de luz
Está ficando claro aluna
Vejo de dentro vindo
Um encontro acontecendo
Fora e dentro bem no meio se achando
Como é bom crescer
Não vou ficar sem notar e me contar
É bom me encontrar
E agora vejo na poesia que existia e insistia
O que parecia e era estupidez agora me lendo sei
Fiz um mapa sobre mim
A leitura faz viajar
Vejo onde estou
Estou sentado no computador descrevendo-me
Os berros e silêncios anotando
Sou eu mesmo me sendo
Quero informações equilibradas em minhas ações
Vai ficar longo o texto
Mas vou embarcar nesse nau de mim
Mar salgado
Vento quente
Ouço a luz penetrando a escuridão íntima
Meu inconsciente que não via
Só ouvia
Diário de minhas emoções fiz do que senti
Não são vozes
São conclusões
Não sem confusões
Confissões
Falsas noções
Tenho que sair
Sempre que passeio pra fora de mim mesmo
Volto maior e mais forte aqui pra dentro
As emoções o combustível
E ainda mais com meu raciocínio incrível
Anotando tudo sendo ou não crível
Não há rima que não passe por cima com sua poesia
Essa escuridão não vai totalmente ser clareada
Deixa quieto o universo
Contato para fazer esses versos
Conversa íntima que se externa aos que tem saco como eu
De se dar esse tempo 






domingo, 11 de agosto de 2019

I'm Now



É uma mensagem silenciosa essa minha nova linha de pensamento. E com ela firmo que muito já foi feito, mas não do meu jeito. Então estudo obras antigas (já sem direitos autorais) e as atualizo para os nossos dias e, principalmente ao meu entendimento e uso próprio. Não se trata de copiar ou utilizar de outra forma uma mesma história, mas sim de uma referência baseada em uma conversa íntima com a mesma e autor. Sendo uma proposta para estudar e dialogar com obras antigas. Elaborando, em última instância, um ato puro e despreocupado de conceitos acadêmicos e livrescos.
Trata-se de minhas criações artísticas. Um fenômeno dinâmico e processual, plenamente pessoal, que me faz viajar e dialogar com grandes obras da história artística da humanidade. De maneira não linear, formo uma colcha de retalhos e em dado momento unifico-as finalizo da forma que melhor acho. Liberdade é preciso.
Estudo a obra, tempo e local de artistas e não precisa ser muito aprofundado os estudos biográficos e de época, são somente para abrir caminhos para a minha obra ser concebida em diálogo ou como referência.
A transcendência se encontra com a autoconsciência e juntos integram no tempo e espaço que crio propositalmente e debruço-me sobre obras tantas, longínquas no tempo e espaço, buscando conhecimento e um diálogo com o autor. Percebo seus gostos musicais, alimentares, suas influências literárias e artísticas.  O eu/indivíduo criador cresço como pessoa e como cidadão, pois o confronto da realidade antiga espelhasse com a atualidade em um franco dialogo atemporal do que é ser ser humano. Nada absoluto, simplesmente uma criação lúdica e desinteressada de propósito outro que não divertir e levar a refletir...é o que tento.