A vida essa metamorfose
Um renascimento eterno
Paixões
Prazeres
Saberes
Tragam momentos lindos e fugazes
Junto com suas consequências
Essas que me amadurecem
Ao ponto de eu querer os entreter
Com esse meu escrever
Os quero agradar
Será que conseguirei?
Com tanto entretenimento
Que esse meu texto capte essa ânsia por novidade
E o troque pelo sabor de saber o que for
Eu na arte de distrair
Não vou os trair
Hei de conseguir mesmo que
Minimamente os fazer esquecer a pressão de tanta pressa
Tudo está nas redes sociais
-Toca o barco e escreve logo
Voilá
A poesia transcende-me de cara
Ascende-me
Transformando-me
Ontem perdido
Foi divertido
Precisava por isso ter passado
Hoje
Equilibrado tenho me achado
Sem exaltação
Reconstruo-me
Com carinho a luz banha de prata meus cabelos
Gosto de envelhecer
No processo de construção/destruição/reconstrução
Compreender as fraquezas do corpo e adaptá-las as novas intenções
Sou o mesmo
Mesmo sendo outro
Sou o Elo etário do eu novo ao eu de novo
Crio/Trabalho
Remédio melhor é trabalhar
E amar o que estou fazendo
As palavras encantadas crescendo
Cantadas entre vontades e desejos
Lavrando caminhos
Alquimia Verbal
Digitando o que estou sentindo e pensando
Inventando
Investigando
Conheço-me mais a fundo
Sou meu conselheiro
Cíclico como tudo
Vou indo e vindo
Lua após Sol
Calor e Frio
Choro
Rio
Há
Não há
Mas tem mais que essas realidades contrárias
Há o caminho do meio
Tive que ir de zero a trinta para descobrir o meio
O 15 é o meio da régua de 30
Estou numa montanha e a cidade ao longe brilha
E vem me entregar mais poesia ao olhar
A noite tece o anoitecer
Sento na sombra de uma árvore
Sempre há sol na humanidade
Estou nos braços da natureza
Tem que acontecer na humana idade
As estrelas brilham num mundo feliz
As pessoas andam alegremente
Não vejo
Mas sinto
Um pedaço de mim contempla o meu eu
Lá dentro
Outro céu
Crio o silêncio
Fêmea no cio
Ligo o fim ao início
Amanhece
Corro
Desço a planície
Tudo está perto
Mesmo longe
No coração a paz
Lá dentro o que jaz
Nada aqui dentro se desfaz
Vou ter que sim
Derramar um pouco mais desse mar
Ledo desengano
Sento a beira do oceano
Te amo
Fluo por toda a parte
Ventilo de poesia o sim e o não
O nunca e o sempre se abraçam nesse momento
Formando o elo proposto desde o início
Destilo símbolos pelos meus olhos
Os decifro de dentro
Deixo
Saio caminhando e correndo
Discorro o que sinto
O sol corre pelo céu não atrás da lua
Ele anda a passos marcando encontros no tempo e espaço
Latitude
Longitude
Hora
Dia
Ano
Algo que pede novas canções
Para dançar
E danço
O coração pulsa e expulsa
Batendo asas levando o embrião que cada um somos
Cromossomos de uma mesma humanidade
Na pele sêca a semente brota molhada por essa água dessa mente
Criado lendo
CaGhoete
Ah...e sobre distrair
Este texto já não mais tenta
Já tomei-lhe tempo bastante
Para que entenda
...E por falar em mim
Onde ando?
Aqui dentro ainda
Cantando/Dançando
Estrelas entre elas
Entretê-las
Entre telas que pinto...