À geração Mimizenta

Eu andei muito por ae

Vi cada show que sou

Mas o tempo grita e o mundo gira

Hoje eu não sei se sabia o que estava fazendo

Pra mim eu vivi um sonho

Andei tanto por ae

Conheci pessoas

Vivi momentos impagáveis

Enfim penso
O que faço de mim?
Esquece
Esqueço

Sempre fui e sou tão livre

Mas estou preso nesse momento

Estou percebendo que não sou nada mais do que uma folha de papel em branco

Pronta para ser escrita

E a morte é a falta de caneta

O mundo ta cada vez mais careta

Eu não consigo descrever

Todo mundo ta louco e eu certo de que continuo maluco

O tempo passa

Minha rebeldia cresce dia a dia

O éter me chama em chama

Enxame

Exame

Vexame

Eu não sou tão livre quanto penso

Mas eu penso

Levito

Subo ao infinito

Vivo subindo  e descendo morro

Percebo nessas descidas e subidas a vida

O inferno e o céu de cada dia

Sim eu sou mesmo assim

Alto e baixo

Cheio e vazio

Mas nunca evasivo

Grito ao mundo meu lamento

Esse mundo que hoje está mimizento

Os velhos estão vencendo 

Estamos retrocedendo

Os jovens se vendem

Nos vendam

A maioria não vê

Que a vida não é uma competição

É uma brincadeira de criança

Não quero ganhar

Quero nos divertir

Não importa morrer com oitenta e rico

Importa a mim é dizer VIVI 

No fim

E continuar nu nesse frenesi