quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Torresmo mesmo


Fecho os meus olhos
Sou um Rei
Ei, ei, ei
Desculpa se foi ilusão sua ser minha Rainha
Então tá se iluda como eu
E dance essa dança
...
Ache-se sem explicação
...
Sou uma ilusão
Desmaia em minha mão
O luxo está no lixo se descartar
Lixe esse seu pisante sapato dançando esse momento
...
Dia a dia não adie esse dia
...
Ouça vozes de olhares
Mostrando um som dançante
E num claro pare
Me sinta
Se minta
Dançando indo ao mundo maravilhoso
O mundo de ser se a si mesmo num meio de um monte
De gente que pensa o mesmo
...
É que tudo depois de tudo
É tão nada mesmo
Que sigo torrando cada momento
Como se fosse o último mesmo

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Caminhos Poéticos


As injustiças da vida
É um crime não olhar pra fora do carro
Aquela criança
Aquele anjo
Aquele velho
Aquele marmanjo
São todos muito especiais
Ninguém é um ser espacial
Todos nascemos de moleira aberta
Ligo o limpador de vidros de minhas retinas
Tanta gente perfeita
Mas o prefeito nunca pisou nesse chão
Fale baixo o governo trocou
Ai, não! Maricota* de novo não
Sim, isso pra quem já passou nunca passou
Abro a porta do carro e corro
Não
Antes eram bandidos me tirando
Agora é a polícia atirando
Somente a poesia me tira daqui
Escrever não vai voltar a ser crime
Fomos demais para a esquerda
Agora vamos virar demais para a direita
Isto é a manobra para depois centralizar
Tipo assim numa régua que não sabemos ser de trinta cm
Vamos até o zero cm e depois até o trinta cm
E assim descobrimos que o meio é 15cm.
Tudo na vida precisa de uma medida
A poesia é a régua
*Choques elétricos
As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de “pimentinha” ou “maricota”. Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões – muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

São só momentos paisais




Te fiz 
Te quis
Feliz a vi crescer
Te ensinei a ler
Era um super pai e aos poucos a ti 
Fui tornando-me um ditador
Ainda conversávamos antes de adolescer
Agora não mais
Lembro de nossas conversas
De minhas  
De suas 
De nossas fragilidades e forças de verdade
Mas a rua e a liberdade sua
100 culpas 100 culpados 
Na real nem sei o que 
Sei que é uma rainha
Saiba todos somos especiais em essência
Antes eu... um herói... agora eu... um velho
O tempo passa rápido
Mas crescer é mais lento
Só o tempo vai mostrar que não sou um monstro
E que não dou chá de moral
Escutar é uma arte da qual faz parte sentir o amor de verdade
Aquele abraço olhando o horizonte 
Reflexivos estamos esperando isso
Mesmo sem saber
Sem olhar pra trás 
Sem julgar
Nos abraçar e nada mais 
Deixar o sentimento falar e o amor fluir
Sei que buscar dinheiro nos isola do tempo aqui de dentro
Mas não sou um ditador e nem estou preso a teus julgamentos
A família não te falta e nunca faltou
Veja e sinta a nossa conversa hoje extinta
Ainda vamos caminhar pela praia juntos 
E abraçados sermos livres de fato 
Nos caminhos da vida
Te amo filhas

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Última Punheta


Olha só como danço
Só pra você
Mesmo que seja ilusão sua
Pode ir embora
Continuo com a minha  mão
Com ilusão de ser minha
Eu e minha mão gozando
A vida entregou-se a razão
A emoção está em minha mão
Com a mão percebo que posso fazer um mundo
Não mudo
Quis mais de você mais que um beijo quente
E olha só o crime que cometi em mim
Me matei
Eu nunca
Desde criança pensei
Que seria capaz de acabar sozinho
Uma coisa que nunca se cochicha a si
Estou chorando
Estou me matando
Vou voar
Sim a morte é uma vitória sobre
Sobre mim
Estou morrendo
Feliz
E andei pelos caminhos dos sussurros dos especiais
Estou morrendo
Sempre soube que se não me desse
Acabaria assim
Em minhas próprias mãos
E por mais que os nãos surgissem
Eles negariam o que sou
Os quebrantes ganhariam
E os eus que venceriam foram-se com os que...
Sabemos bem
Que
As luzes iluminam de novo o novo
Vou no fim dizer
Vou recomeçar

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Ela a Lua...Eu?...Eu o Sol


Estava aqui tão só
Lambendo meus espinhos
Os sentimentos longe orbitando
Mudando de canal da tv
O rádio ligado
O livro aberto
Nada fazendo
Nada feito
O perfume do amor se apagando de meu incenso
Minha boca quente cheia de dentes esperando meu amor chegar
Please chegue logo
Afastei-me de tudo o que me afastava de ti
Sumiram minhas criaturas da noite
Pensei que se me libertasse te teria
Mas não
O amor me foge
Mesmo livre não acho
Rascunho um texto
Estico uma pra variar
Um drink para anestesiar
Para eu engolir isso sem ti sentir aqui
Somos mesmo nós?
Não sei
Acordo e me leio em original
Não sei se sou eu mesmo
Por isso talvez você não me ache
Me perdi no jogo por mim criado
De certo sou o bobo da corte
Ou aquela criança no chão
Ou mesmo talvez eu até seja o sol
E tu a lua
Nos encontramos de vez em quando
Lembra?
Mas quase sempre estou só num imenso vazio
E é sim
E os dias de chuva me mostram
Assim cinza
Mas eu não sou o sol
Sou só
Fecha a cortina
Não quero me ver hoje