terça-feira, 6 de junho de 2017

Lou ra Lou Cu ra


É tu meu Itu
Gigante andante e errante
Quisesse eu escolher de colher tu mulher
Eu um qualquer
Acha-la aquela que faça a vida aquarela
Que torne um tornado a brisa suave
E que fique calma com alma
Em quem ao sentir faz-me sentar e refletir
Aquela que todo o ar pretende oxigenar
Uma novidade de mim todo os dias tire com arte
Sei que pareço como o resto
E de fato sou um feto
Uma voz que cai de uma foz voraz
Um As de um baralho num canto jogado

Sim
Mas não desisto
Olho no espelho e sem olhar para trás vejo-me
Foi bom ter estado só até aqui
Variando aqui e ali
Mas ontem percebi que sou visto pelos mesmos
Como uma pessoa que não sou
Não sou o que pensam
Sou o que penso
Sou propenso a isso
Sou aquele que exijo de mim o melhor 
Eu sou o que quero
Não tomo remédio
Meu remendo são minhas anotações
Minhas ações são minhas canções
Os que me conhecem bem
Sabem como sou
Estou em busca da minha verdade
E não fiz nada enfim
Peidei aquele dia no restaurante
Envergonhei-me de mim  e saí
Mas o que fazer?
Respira rápido que passa
O sol ainda vai nascer
E o vento de tua respiração irá fazer que perceba minha intenção
O meu tesão está em tudo e em nada
Não estou nessa cilada de pessoa apaixonada
Amo todas, todos e tudo

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