quinta-feira, 20 de abril de 2017

Creaturas tão minhas

Uma vez eu fui o que sonhei
Fui anjo que para minha surpresa caiu do céu
Foi mesmo eu quem cai
Não havia anjo nenhum
Nem um
Tive que crer que havia alguém no controle
No meu controle
Em busca da perfeição caí e corri
Para arremessar-me de novo
Joguei-me eu moeda no destino da sorte
Cai de novo e com alguns cortes parei
Corri
Corri
Sem vontade de voar
Sem medo de me machucar
Só não quis insistir
E rápido asas surgiram em minha mente
Sou franco
Foi especial quando encontrei minha fraqueza
E com toda a franqueza

Digo
Sou meu próprio líder
E livre tenho que amar
Amar o mar
E o deserto de mim mesmo
O vazio e show de mim
É tarde desse dia
É que me dez cobri
Marquei o marco até onde vai meu estilo de voar
Que é cair com estilo
Copio
Até o meu estio
Eu tio


terça-feira, 18 de abril de 2017

Home além


Sou aquilo que minha mente alcança
Ela irá dar a força que tenho
Meu corpo abriga um homem ou uma mulher
Tanto faz
Fêmea ou macho
Sou um animal intelectual
Uivos urros assexuais
Ascendo luzes em cruzes
Ensaio movimentos os vendo
Os dou
A vida é meu palco
Sou um desses artistas
Que seguem suas pistas
Investigando em si seus sais
Humores em rumores
Tenho que continuar a me desnudar
A buscar amores que pelas ruas passam
Acende-se luzes 
Clareiam túneis místicos
Revelam novas eras
Inauguram novos paus
Que não mais lutam entre sis
Deixam vaginas saírem de sis
Esses grelos sem grilos
Vivos
Ricos de carnes encarnadas
Sabedoras sabem das dores
Vermelhas
Rosas
ou Roxas
Somos mais que duas caixas
Binárias de ordinárias
Novos humanos vindo 
Novinhos em óvulos e ovinhos 
Que não dividem a vida em dia e noite

Somos o boicote a tudo isso
Estamos no universo
Onde um único verso mostra todos os lados
Versos dos quais converso
E os converto no que verte de minha verve
E vem ao que serve
Sou o que sou e não nego
Branco ou negro
Enriqueço o que penso
Pois sou o a que vim
Alcanço esse pensamento no sentimento
Sou o que alcanço lucida e instintivamente
Meu nome é o de uma flor ou de uma dor
Quero ser um zero em cima do outro
Um oito
Um coito
Eu quero imaginar o que sou agora
E viver esse agora
Eu retorno ao momento
A concepção
Ao instante em que consegue o pição
Ejacular
E desenjaular a parte da vida
Que vá a um ovo perfurar
Estranho momento
Estou alongando o prazer da cópula
Pula dessa fase
E não goza
Vou não nascer
Vou voar direto pro ralo numa chuveirada
Olhe a porra descendo
Tecendo um futuro que não haverá
E o fim ali no início demarcando estranhamente
O pensar de minha mente
Mas eu vou
Vou resistir
Re-existir
Nunca havia imaginado minha vida sem mim
Enfim estou no ponto zero
O quis
O quero
Loura loucura
Me cura
Não me segura
Que secura
Vá vindo que estou indo
Estou loqueando
Vagando numa bunda
Babando
Senta com ela minha cara
Na minha vara
Estou como sempre de cara com o mundo
Quero me identificar
Nessas horas difíceis me acho
Na beira de um riacho de lágrimas minhas
Tomando sol por dentro
De volta ao momento da concepção
Lembro de meus jogos infantis
Do brilho dos olhos meus
Das noites esperando os dias
Encostado num muro qualquer
Esperando uma namoradinha aparecer
E nada
Vem um amigo
Ele secretamente puxa um cigarrinho e uma arma
E diz um me ama ou me mata
Corro para um banheiro
Escondido digo a mim mesmo
Mas queria e quero uma tragada
Traga essa fumaça
Inebrie minha fantasia infantil
Assopre esse trompete
Pague esse boquete
Faça uma melodia ao meio dia
Dessa noite maldita que é a inocência
Prenda-me
Sou inocente
Indecente
Indigente
E digo mais ou menos gente
Sou indiferente
Diferente
Prolongo
Pra longo prazer ter
Pra ser mais que prazer
E vem mais
Será que vou sobreviver
Sobre viver vou digitar
Calma
Com alma
Declamo que minha cama não espera
Arde
Lençol
Leio o sol que já está batendo na minha janela
Meus olhos cansados estão encharcados
E eu tenho que delimitar essa mania de dividir o dia
Estou vivo sempre
Acordado ou dormindo
Esse é o meu sonho e pesadelo
E esta arte que é minha parte da vida
Não
Nunca estará concluída
E já começa agora
Outros casais transando
Não irão nos tirar de outro lugar
A não ser de dentro de nós mesmo
E o que somos?
Além de além de além de além








Insert

Tão inserto como um inseto eu vou voando por ae
Gritando como um mosquito em seu ouvido
Ouça meu gemido
Um vagido gritando não
Não quero nascer assim
Um outro eu sai de mim
E em outro tempo
Estou minimamente renascendo
Existe em mim um espírito liberto
E não é daqui
Ele quer voar como um inseto
Fugindo do inseticida momento
Fazendo de uma ferida seu alimento
E as pessoas são seu alvo
São e salvo
Como uma câmera eu inseto filmo ali da parede todos os movimentos
Miro
E pico mesmo
Preciso de sangue
Não é para mim
É para minha gangue
Sou um inseto jovem
Fruto de um furto
Mas não vou pousar aqui
Vou somente repousar aqui
Juro que nesse muro não vou ficar
Marco você com minha boca
Com minha língua trompa
Trampo meu trampo
Qualquer trapo me veste
Mas não qualquer um me despe
Me despeço
Mas antes peço
Compreenda sou um punk inseto
Incerto insiro eu única ficha no deustino 
Um dia acerto e coloco o acento no a certo
A a que eu inserto sirvo ?
Estou inserto

Nem isso acerto

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Ui.. dói isso fazer

Eu não entendo mais nada
Um filho aborta os pais
O vento fecha a porta
Um arroto não estraga a voz
Eu não entendo
Vou parar na próxima esquina
Antes de dobrar encoste-me
O que eu quero dizer é que
Eu não quero mais que luz

Toque-me e sinta-se
Sincenramente minha sensação quer dizer
O que meu coração diz
Não eu não vou parar de me emocionar
Ou eu não

Arroto e não entendo da onde vem esse ar
Podia ser um peidar
Mas não
Subiu e quis suspirar

Eu encosto nos encostos e digo ui
Pare de ser um encosto
Minhas costas se fortalecem mais

Criam asas para eu voar

Vou voar além do ciúmes e da inveja
Olhe bem pra mim
E perceba-se
Sou só mais um a tentar
A ser o que pode
Não me fode

Não tenho mais
Que esse meu olhar
Olhe bem pra mim e veja
Que nos fundos
Atiram-se os imundos

E é difícil separar
Mas eu tenho que...

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Coração 10pedaçado

Ai
O meu amor me abandonou
Sem porque
Eu não sei
Esse mistério
Só o tempo irá decifrar
Por enquanto chuto os ponteiros do relógio ao vento
Estou assim largado pelo meu amor
Alagado em dor
Ai
O mundo
Nem ninguém me entende
Estou assim
Jogado fora como um lixo
Sem tchau
Nenhum bicho vivo merece o que passo
E de novo
Não sou de aço
Experiente estou no chão
De novo sendo pisado
Mas sei
O tempo vai passar e mostrar
Nem que seja só a mim
Que se houve um fim
Nunca houve nossa história
Assim
Estou livre de novo
Mas ai
Como dói crescer
Estou aqui sem mim
Por ti
Lá ou ali 
Tanto faz
Assaz
Estou aqui querendo não me lembrar
Mas mesmo sem voltar atrás
Continuo aqui a burlar meu viver
Querendo estar onde você está
Mas não há o que faça eu ae estar
Resolvo de novo ser um ovo no meio desse povo
Não sei
Mas sei que ninguém irá jamais saber o que sinto aqui
E aqui estou dilacerado
Num pequeno coração que bate gigante
Que apanho de mim mesmo
Multiplico ao quadrado esse meu formato
Estou pensando em me salvar dessa corda em meu pescoço 
Salgando minha face fácil vou me formando
Ágil desato esse nó que fiz de nós
Há sempre mais ais 
Pois a morada de meu coração está queimando
E estou sendo esse incêndio
Mas a água que cai de mim abranda a fornalha
Vou dar uma banda
Jamais sentirei tantos ais
Canalha
Dói demais
Olheiras de panda
Olhos rasos de arrasados
Eu não sei pra onde vou
Estou atrasado ou adiantado?
Tanta liberdade
Eu na minha idade
Nem perto do show que sou estou
As vezes penso que a felicidade e a liberdade são inalcançáveis
E eu pequeno e sem medo vou tateando 
Com o dedo apontando
Aonde estou indo?
Quem sabe?
Nunca quis estar assim aqui
O que será que isso quer dizer?
Sei que o saber rei irá mostrar
Por enquanto estou esperando o tempo fechar essa dor dentro de mim
Ou acaba-la
Estou assim
E o lar de novo se desfez
E um novo me fez
Era uma vez
Nove é quase dez


terça-feira, 11 de abril de 2017

O cara joga fora os sonhos, para consertar o que nem há

terça-feira, 4 de abril de 2017

Não estou contente

A violência dos tempos de sempre
Do mundo fazem seguir o mundo
Não tenho pressa
Sem essa
Estou chorando por dentro
E não estou nem ligando
Minhas orelhas não são mais ouvidos
Meus olhos já não querem ver
Mesmo tendo a capacidade de exercer tudo isso
Nenhum órgão meu quer funcionar a contento

Não estou contente

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Riam de sis

Estou como com quem estou jogando
E o show 
O show da vida é underground
Olhe bem pra mim
Ao apertar minha mão
Em uma situação social
Perceba que o meu jogo favorito
É o meu rito
E não é competição
Isso não
Ilusão sua bebê achar que vai ganhar na falsidade
Perceba em minha tinta minha idade
Enquanto isso na cidade
O céu espera em nuvens
E os infernos buzinam
Que ruídos
Luzes batem em minha face
Fácil decifrá-las
Mas a maioria
Essa maioria é menos complexa
Não é completa
Muitos atrapalham por serem muitos

Isso atrapalha o jogo da vida em sociedade
Nossa civilidade
Estou sendo verdadeiro com a realidade
E sei que os contras irão duvidar
Faz parte
Mas com arte bato de verdade
Nos que acham que irão controlar o mundo
Com sua vaidade
Decidi ser um Deltacid nesses piolhos mentais
E os piolhentos irão tentar rir de mim
Mas eu peço que entrem nesse nosso show de humor
Que é viver por amor
Em paz