quinta-feira, 21 de abril de 2016

Homem Máquina


Num futuro imaginável a humanidade avança (?)
E  torna-se quase imortal
As pessoas trocam de órgãos
Ou os recondicionam
Isso infinitamente (eternidade?)
Acontece que
Como tudo
A mente tem limite
Sabedores disso
Nesse imaginável futuro
As pessoas repassam todas informações e experiências de uma vida
À uma máquina
Então a máquina imortaliza o ser?
Tenho que fazer isso mesmo?
Descrevo
A tela branca
Branca como eu
De medo
O tempo de eu digitar cada tecla é o que não me mantém
Eu ando pelos ares a abraçares
Todos as figuras eternas
Lá de cima vejo que mais embaixo encontramo-nos
...Circularidade pulsante...
Tenho mesmo que fazer isso?...
Do alto ao baixo
Três linha transponíveis
O sol que está lá esta cá
Uma estaca se apronta
Desvios
Voltamos à eternidade
A máquina imortaliza o ser
Humanos
Máquinas
Corruptíveis
Falíveis
In tudo isso
Ou de novo
Tirania
Escravidão
Igualdade a toda a humanidade
O fogo queima com sua luz
A escuridão se apresenta para ser decifrada
As coisas nesse futuro imaginável acontecem de forma circulante também
Pulsam
Expulsam de si o nosso
Eu acho bom estar ciente de que não há quem o oriente a partir de um caminho escolhido por ocidente
É só você mesmo que pode e que deve saber o que fazer
Ou imaginar
A queda é longa e árdua comoa subida
Estou caindo com estilo
Surfista prateado desse dourado
Ao eldorado
Touro indomável
Eu grito e danço no ar
No vácuo de minha mente
Entre o espaço de tempo em cada toque do teclado
...Um templo...
Estaria o tempo passando?
Nessa vida imaginada está o segredo da causa de tanto medo
O limbo
O umbral
O Zênite em espiral com o Atma
Somente o Zé Maria entende
Um véu
Uma alma
Uma máquina anárquica
Um furo no futuro
Ok tenho que ganhar dinheiro
Meio que me acho
A lua ilumina Monte
Monte Grana
Caio mais em mim
O dinheiro essa mola
Que faz de um homem nada mais que bolas pedindo esmolas
E a mulherada passeia
Mãe Maria Mulher Terra em Poesia
Desprendo-me de toda previsão
Mergulho no meu orgulho
Uma batalha essa história
A eterna batalha que
Talvez mantenha viva está aparente luta
Entre vida e morte
Ou outro dualismo qualquer
É esse pulsar
Esse vai e vem
Até dessa história que provem
E ela de novo vem
Nesse momento silente e sonoro
Aparente e invisível
Está naufragar a nau que sou
Descubro-me no profundo oceano do que eu mais tinha medo
Uma abertura pra dentro diz: vem
Em mim algo dizendo: vai
Então vai e vem meu bem
Assim
Não pára
Agora pára
Assim dura mais a minha mais pura sensação
Mixturo tudo
Extase e tédio
Música e meio-dia
Sexo sem nexo a moral anal
Entro pra dentro de meu maior medo
A mais profunda escuridão
Numa trabalhosa reflexão
Todos e tudo se juntaram
Disseram então:
Aqui ninguém se dá a mão merrmão
Isso é pra fazer lá de onde veio e pra onde vai
Estamos no limite
No Elo perdido
Onde não são as mãos que nos unem
Não há matéria para se apegar aqui na borda
Mas...mergulhe no céu mais profundo até ao seu mais sublime "eu"
O aço de meu espelho se quebrou
O fel de minhas palavras andam a se adoçar lá fora
É por que ainda há mais espelhos
Circulo por ae e por aqui
Além das vaidades em busca de verdades
Da Verdade
O amor
Estou no passado pensando em você
Em nós juntos
Em tudo mais
Nos nossos erros e acertos a mais
Começo a chorar
Quase a naufragar
Naufrago
Vou ao fundo mais profundo
A luz dos meus olhos olhe
Não ilumina mais o seu rosto
Moldado aos meus beijos
Certo e não
Pra cima eu olho um buraquinho de luz no breu
Cada estrela pode ser eu
Ou algo que tenha a ver com o caminho nosso
Uma estrela me aponta o caminho Underground que sou
Vou
Voo
Pra dentro cada vez mais
Sinto o seus suspiros do som de sua vagina
Imagino
Mas a turba chega
Eu n'eu volto
A história tem que continuar para o verdadeiro amor achar e perder
No mais distante e profundo oceano feito das lágrimas humanas
Reflito minhas expressões nessa água
Vejo no fundo de meus olhos
Um solo além desse que piso existe
E não é dessa música que faz a trilha de minha vida
O solo do oceano dessa terra
É o chão do mar de minhas lágrimas que abre-se
Momento iluminadamente lindo
Uma orquestra sinfônica em silêncio aprecia meu ouvido
Ouvido essa invenção de nossa evolução
O tato
A visão
A intuição
O amor me vem de novo
Na forma de um ovo
O verde me dá sede
Eu não quero mais dizer sim
Mas a vida é assim
Sim eu amo novamente
Fiz a volta em meu mundo e lhe quero
Na pense nada demais
Voltemos a imaginação domada a setas
Celtas
Primatas
Entro na criação
Entropia
O ovo é a promessa de uma piada
De um pinto ou uma galinha
Galo
Falo o que sinto
Não vivo de cisco
Olho além
Sou uma águia
Uma Fênix sensata
Das cinzas trago-me puro
Vindo de cima e de baixo
Olho para os lados em movimentos circulares
De costa a costa
Vejo de frente e de costa
Por entre e dentro
Não me perco
Por isso não há mão
Não me perco
Na natureza nada se perde
Tudo se transforma
Quando falta luz
Uso minha mente
Em nossa totalidade
Entendo lentamente a gente
Fomos feitos evolutivamente do barro
Do barro da terra
Da mãe terra
Transpuno essa barreira-mãe?
Silêncio
Só as batidas de meu coração e as ondas de minha mente
Não estou
Mas parece que estou só
Nada de matéria destrutiva ou destruída
Um mundo imaginável
E nada de fim
Pois eu volto de volta
Conto ou não conto minha epopeia
Ridículo todos pensarão
Caso pensem
Ora
Vou descrever essa minha história na parede dos vasos
Das plantas
Vou escrever uma carta para o presidente ajudar toda essa gente
Encosto-me numa árvore
Um mogno
Poesia?
Um gnomo
Assumo o controle e ele some
Nada inflará ou desinflará esse ego multiunivérsico
É Phoda segurar
Mas levo de leve
É verdade estou descrevendo uma viagem programada
A mãe terra está criando o estofo de minha entranha
É uma entidade da qual não concebo
Chega!
A evolução não é controlável
Essa minha vida a é
Evoluo bem
Para você meu bem
Um homem precisa de outro
Aqui
Assim de mãos dadas podemos nos agenciar a irmos
Aos locais mais densos e de lá suspensos sairmos de nós mesmos
Pausa física para secar o suor
"Tive até que secar embaixo dos braços
Deu até asa escrever
Asas pra voar"
Reestabelecido o contato
Olá
Por onde andava?
Falo com meu espelho
O quebro e surfo em cima de um estilhaço
O principal é entender o aço e o papel de viver
A esfera de uma caneta não refreia o intelecto de quem devaneia
E inventa um futuro melhor
Vamos longe retornar
Àquela história esplêndida de nossa criação
Por minha ótica agora então
Ok
Ok acho que acabamos o primeiro capítulo
Faça a sua viagem comigo

E saiba-se sozinho

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