quarta-feira, 12 de junho de 2013

Viver Versus Livre




Esse é o fim de mim
De um eu que não quero mais ser
Viro a página
Fecho a porta
Esse é o fim de uma era que já era
Entendo por estender meu olhar
Culpado por ter sobrevivido a tudo o que fiz
Explico-me que não tenho culpa
Saí e voltei pra caverna
Contei
Ninguém acredita que dá
Eu acredito em mim
O jogo está virado em mim
A luz em frente enfrento
Meus pensamentos estão me levando a uma onisciência
A culpa por termos perdido o rabo
Termos levantado e andado em duas pernas
E daí?
Vasculho em mim
Minhas vozes
Na beira do abismo dou um passo pra trás
Somem os medos
O amanhã não existe
Só esse momento
Decifro o enigma
Daqui conto os passos pra poder voltar
O fedor de merda em minhas mãos
O mistério
A culpa
A fé
A mente
O amor
Eu reabilitando-me
Habilito-me
Eu quero estar e ser
Valer meu viver
Arrebento as correntes que me prendem aos meus vícios
Quero me ser
Da matéria arrancar a luz
Não tem mais volta
Descubro nada de interessante
Só o agora
Uma fera
O silêncio
O breve instante de decisão
Olho a olho
Olho-me
A luz dos meus olhos reflete
E joga uma faísca e reacende
Reafirma
Eu não vim até aqui pra desistir agora
Não vou mais
Natural que seja assim
A nave volta pra contar que aqui continua assim
E que os homens em sua maioria são uns merdas
Tem em seus cus enfiados o mistério
E por suas bocas cagam
Como um cão limpando o cu estou
Racional?
Ah ahahaha
Uma ligação
Alô
Ouça minha voz
Nas árvores
Nas estrelas
Estou entre elas
Unido
A consciência cósmica é um vagido
Renascido
Não há nascer
Nem morrer
Só renascer
E renascer
E renascer...

Nenhum comentário: