sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pus-me



Nada de errado comigo
Continuo no chão
Sendo pisado
Ridicularizado
Sem chamado
É louca essa vida minha de descritor
Nessa selva os que leem
Só se leem
Eu continuo nu em poesia
Minha companhia é melhor ainda que essa multidão vazia
Meu néctar é a água
Meu vício é respirar ar
E pirar
E virar
Eu continuo perdendo amigos
Sendo chamado de perdedor
De louco
De segunda
O povo diz nada de novo
Eu um ovo
Aqui vim
Aqui estou
A estrada é árdua
Meu lápis é minha cruz
Renasço a cada poema
Meu cinema sou eu
Minha careta pros caretas é essa
De pena que voa
Ponho-me assim na vida
Não a toa

A beleza dessa poesia é sua
A note

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