terça-feira, 9 de outubro de 2012

Exercíco mental para voltar a forma real





Ei mãe eu não consigo mudar o mundo
Mesmo assim não vou ficar mudo
Óu minha tia por que eu sou assim
Trago os sonhos em minhas mãos
Tenho vários amigos que já desistiram de tudo
Casaram e estão engordando em suas casas
Nas barras da saia do capitalismo
Trabalham com cifras em vez de pupilas em seus olhos
Minha rebeldia cresce a cada dia conforme minha fome de alegria
O mundo todo não pode compreender
Que a cada suspiro por pouco de susto não piro
Como posso ser assim ainda
Batendo a porta dos cinquenta
Mas não adianta
Bato e espero
Calmo entro
Meu combustível é lacrimável
Li Maquiavel que não tem a ver comigo
As lágrimas descem pela minha garganta
E abrandam minha fornalha
Produzo cada gota de chuva que desliza pela minha face
É meu íntimo gritando ou mesmo um rock cantando
Não veria motivo na vida se eu fosse normal
Não consigo
Não digo que admiro os que conseguem viver suas vidas
Vivendo apenas num círculo já delimitado
Olho para o oeste
Para o leste
E algo se produz em mim
A imensa vontade de ir cada vez mais longe
E vou
Para o sul vou agora
O faroeste já foi desbravado
O país do sol nascente é sempre a frente
Não sou só porto-alegrense, gaúcho e brasileiro
Sou sul-americano, terráqueo enfim ser humano
E sendo humano vou desbravando à íntimo tudo isso
Eu quero terminar este texto
Preciso ser preciso
Mas para terminar
Mais um exercício mental quase espiritual
E sabem o que acho mais
A minha própria sentença vem dessa minha cabeça que pensa
Que pensa que sabe que ama
Mas mama eu não vou conseguir mudar o mundo
Mas mudo não fico
Valerei cada lágrima desse mar que choro
E um dia todos em coro
Bateram no tambor de seu próprio couro
E cada vida desses bundões vendidos
Deixará o mundo das aparências
E tentaram de tudo por suas próprias experiências
E verão que estavam vendados
Vendendo seus sonhos
E cada um estará por todos acreditando
Num mundo superior guardado em cada interior
E  assim todos nos encontraremos dentro e fora de nós mesmos
Como aqueles jovens cheio de sonhos que fomos
E ainda somos
Ae está a eternidade
Na nossa internidade

Nenhum comentário: