sexta-feira, 3 de junho de 2011

À vizinhança

O calor do sol seca minhas feridas
Aquece minha vida
Esquece tudo o que há
E vem cá
Lindo eu sou por esse ângulo
Onde não apareçam meus dentes que faltam
Meu jeans seca na área
Eu levo o cachorro pro jardim
A vizinhança olha pra mim
Enquanto esses olhos e o sol secam-me
Umedeço
Cercado estou de absurdos
Eu olho os surdos e mudo de lado
Levanto da poeira
Meus olhos lacrimejam
Eu olho pra ela
Enquanto meu cão diz não
Eu vou
Quem sabe se num bar ou num lar nos entendamos
Que bobo sou
Eu não canso de escrever poesia para essa minha vizinhança

Um comentário:

Anônimo disse...

Incrível existe mesmo pessoas que servem só para comprar e pagar
Consumir suas vidas em miudezas e intrigas
E cuidar os outros cagar