domingo, 21 de março de 2010
Garganta rasgada furando palavras
Pintura "O grito" Edvard Munch
Já se foi o efeito tóxico do ressentimento
Adeus preto e branco de meu sentimento
O amor esse difícil vital jogo reinicia-me
Oi doce amor
Infinito amor
Eu olho a loucura dos normais
Eu me atiro de uma ponte bem na frente da escola
Jogo no asfalto minha moída mente
Não quero explicar nada
Mas a última chance inexiste
Cada dia a mudança vira uma melodia
Cada hora uma dança
Eu roqueiro vou sambar
Me mostrar que não existo
Amo o sol a me assombrar
Jogo-me no jogo desinflado do saber
Desço do sapato
Descalço sinto-me de fato
Eu quero mudar
Não entender mais nada
Aprender a me virar pra ti
E dizer que te amo
Que amo todo o mundo
Não estou aprisionado
O amor é uma águia
A presa foge solta
Até seu bote
Levanto desalgemado
E grito urro do morro à planície
Aos bandidos e policiais
Aos conformados e normais
Eu faço me ouvir
Deixem o doce amor invadir
O elo em ondas mentais eternamente ternas
Celestes e terrenas
Universal onda
Onda do Amor
Está descendo o sal na face
Levando o sal da língua garganta a dentro
À fornalha divina
O coração sangrante
Ungi a todos infinitamente...
De que mesmo?
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