Inventei um mar do Guaíba
Fiquei a deriva
O sol se incinerou em Eldorado
O tempo parou ao meu lado e disse vamos
Sem enxugar meus pés parti
E logo em frente vi
Que refleti
Tudo isso aqui
Me fiz de plástico trabalhei-me
Tipo petróleo em osso descarnado
Do fêmur de um dinossauro feio
Tirei energia para ser-me
Botei nos pés os sapatos
Corri pelos matos
Sem cachorro
Só
Lágrimas ao vento
Sorrisos por dentro
Força
Milagre da vida não me largue
Me alago
Não naufrago
Pois sei quem sou
Please
Acredite em mim
Eu acredito
É que dói
Me corrói
Ser moldado pelo mundo que se quer
Quero sim o mundo
Mas não tanto faz que mundo
O tempo
O vento
Eu
Meu invento
Sigo só sem ré a esse mundo que se quer
Vou chegar aonde eu quiser
Desenho no chão o mapa do céu
Explico meus ais ao léu
Eu sou o Salvador de mim
Me colocam o madeiro nas costas
Pregam mãos e pés
E querem que eu de show
Estou no chão
Do chão que sou
Um animal a urrar no cio
Levanto lentamente de novo
Me alongo como neste texto
Mas insista (leia
Como eu vá
Até chegar
Não te arreia)
Esse véu é pesado demais
Por ele não dá para enxergar
O tempo que leva para levantar
É essa dança que encanta
Enquanto essa música de amar não para
Assovia
domingo, 27 de dezembro de 2009
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