Saio da multidão
Vou mergulhar no mar silencioso de meus filmes silenciosos
Minha pele se arrepia ao dar play
Isso acontece sempre que recapitulo o passado
É quando a cada final de ano recorro a mim mesmo
E a luz acende no final do ano e manda. Vá!
Sim sou um meio assim sem fim
Final de ano
Final de festa
Sinceramente antigamente o final de ano era diferente
Eu olhava pro mar e pensava quem mais eu iria amar
Sempre precisei de um pouco de tesão, pra me apaixonar
Acho que não sei se eu sou o que não gosto
E nessas noites de insônia, ficou eu fritando que nem bife
Esse é o nosso imundo
Bebi demais e nunca é o bastante
E o primeiro beijo, eu guardei na estante
Ninguém vê até onde nós transamos. Estávamos livres
Em orgasmos intensos tocamos nossas vidas por alguns instantes
Vamos lá, de novo tentar
Tudo bem não foi dessa vez
Não sou pé feio, nem chulé eu tenho
Fico mordendo minha boca comendo esses cantos
Quando não me vi na frente do espelho
Eu não enriqueço
Eu perdi os freios
E cada noite que passa, mais ou menos cachaça
Compraremos mais cervejas, quero um legar lugal pra ir
Já esfregamos o chão e a pia
Lavamos a louça na água fria
Pagamos aquela conta
Louca vamos lá, talvez um dia possamos mais uma noite
juntos passar
Mas por enquanto e vou lá, só mais um pouco, já vou voltar
Quero me esquecer! Por favor, não me açoite e me aceite de volta
Tudo bem eu só quis me distrair ao te trair, coisas de guri
Quando me vi, teu amor tendo de mendigar. Viver essa dor é um absurdo
Mas não esqueça a tristeza e alegria que nós temos
Nossos olhos não conseguem esconder
Continuaremos a procurar transar e não nos apegar
Mas não vamos esquecer, só queremos nos divertir
Vamos lá...de novo tudo bem
