Ilusão meu amar
A loucura dessa cidade quer me pegar
Mas eu não
Vou partir daqui enquanto estou inteiro
A loucura desse trânsito quer me tornar um inseto insensato
Mas vai eu vou continuar a tentar me mudar
Dessa gaiola em que moramos vou me mandar
Ela não consegue prender meu encanto meu cantar
Minha voz ritmada e rimada está impressa no ar refletido de poluição
...Eu tenho que tentar de novo...
Ar meu mar a molhar o meu olhar
E as milhares de páginas que escrevo de uma vida não escrava me cravam um cravo
Feito um crivo em meu peito ativo e altivo
Certo que efetivo está sempre pronto e afetivo
Certo que efetivo está sempre pronto e afetivo
A qualquer aflito amigo frito nesse ovo desse asfalto aqui descrito num qualquer distrito
Ou em algum detrito aqui neste ponto em que conto e invento mais um ponto
É... estou contaminado de mim mesmo
Pois assim posso contar infinitamente a minha história
Pois assim posso contar infinitamente a minha história