quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Compilações (inacabáveis)
Toque em meu rosto com sua língua
Me diga que é só eu
Que a levo leve
A sinto aqui
Bem aqui
O ar me invade
A fome de ter some
Eu sou um homem
Você é uma mulher e gata
Sendo amada
Tatuei tu em tudo
Eu fui lá no canto
Fiz uma canção
Que aqui no meio canto
O eco que vem é do meu peito
Esse vento suspirante
Assopro na flauta menestrel
A melodia do seu nome é minha música preferida
Eu tenho andado por esse chão
Caminhando
A vida é um show para os que estão se amando
E sabem bem que o céu e o inferno estão em nós aqui e agora
A insustentável leveza de sermos dois em uma vida
Mas precisa ser experimentado para achá-la
Uma fêmea que gema
E como uma ema se junte ao avestruz que nos conduz
Um ser alado que voe ao meu lado
Que sinta o chão do ar
Num estilo de voar
Mesmo que seja cair e levantar
Pois embora os fatos sejam reais
Amar ainda é mais
Fecho os olhos
Começo a dançar com você
E o leste é este ponto
Onde o sol nasce de encontro ao nosso amor
Te acho na multidão
Por mais escura que esteja a noite
O fogo dos nossos olhos nos guiarão
Nada importa
A dor se vai
A loucura de estar só nesse mundo cão
Eu não
E do céu vem o que infla meus peitos
Eu grito e sussurro a Deus
Essa crise foi para meu bem
Nada mais importa eu sei que vou te encontrar
E contar que pode comigo contar
Agora vem e me leva
Quase soluço
Lavado a lágrimas
Sim eu sofri em busca da liberdade que há
Mas não há mais sais a sair
Nem ais a sentir
A sinto como o som de meu coração
Cor
Ação
O sonho impossível
A luta de uma vida
A paz
Você
A verdade escrita em sua face faceira
O mar em ondas dizendo não te faz
Corra pela praia de encontro
Se atirem na areia
Naquele beijo
A um passo da eternidade
A nossa verdadeira história de amor
As estrela lá do céu sabem
Que infinito é o amor
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Legião VIVE
Clarisse
Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...
Monte Amo
Amo um monte de
coisas
Subo nesse monte e
grito
Amo mais você
Não sei seu
nome
Mas sei que você
existe
Te chamo
Olho para o céu
Na terra o caminho é
longo
Um grito sai de mim
Numa voz que une
nós
Tchê amo Tchê
Sou louco o bastante
para te ter
Num amor
perfeito
Perto do meu peito sinta
Cada batida de meu atabaque
Amo-te
Sinais de fumaça do
monte Sinai
Fiz um curso no
SENAI
Você de mim não
sai
Te procuro nessa
loucura
Em toda a paz que
há ei de te amar
Grito aqui de cima de
meu corpo
Com a energia vinda
do meu sexo sêco
A vida jorra no
látex
Lá tem que haver um
furo
Para passarmos e
puramente nos amarmos
No solo do sol
estamos quando pensamos
Nos refletimos na
íris de quem nos amamos
Disso tudo o que
disse que amo
Está você no centro
desse meu peito
Que de perto te
entrego ao longo e vasto mar de amar
As ondas estão te
anunciando
Nesta praia que
são seus olhos
Nesse mar de sal
surfo
Urro de prazer ao
deslizar na prancha
Do amor que de mim
deslancha
Amo tudo o que existe
e insiste
Na minha retina
incontida está
Bem lá
Que é aqui
Ouça o pulso
pulsando
Vida e morte
expulsando agora
Tum Bate vida e
morte
Silêncio
Não bate
Escoa ainda vida e
morte
O não é sim
Porque
não
Em nunca não há
sempre...
Final não há
Outra ficha no
pinball
Tommy ou não
tome
Estou aqui fazendo o
que posso e não posso
Nós dois não somos só
nos dois
Lembre humano
Um ano têm nove
meses
Sonho as vezes
Morro as vezes
Coloco minhas lindas
mãos em meu lindo rosto
Que aos outros
(quem sabe?)
Nem tanto tanto (bem
sei)
Sonho verdadeiramente
escrevendo isso
E pensando que...
Talvez você...
Se ligue
Me ligue :p
To Pêlo Adão
Rádio Taxi
Composição: Giancarlo Bigazzi / Umberto Tozzi Versão: M. Ficoreli
Meu amor,
Olha só hoje o sol não apareceu
É o fim da aventura humana na Terra
Meu planeta adeus, Fugiremos nós dois na arca de Noé
Olha meu amor,
O final da odisséia terrestre
Sou Adão e você será!...
Minha pequena Eva (Eva!)
O nosso amor na última astronave (Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
E voando bem alto(Eva!)
Me abraça pelo espaço de um instante(Eva!)
Me envolve com teu corpo
E me dá, a força pra viver...
Pelo espaço de um instante
Afinal não há nada mais
Que o céu azul pra gente voar
Sobre o Rio, Beirute
Ou Madagascar...
Toda a terra reduzida
A nada, a nada mais
Minha vida é um flash(Flash!)
De controles
Botões anti-atômicos
Olha bem meu amor
É o fim da odisséia terrestre
Sou Adão e você será...
Minha pequena Eva
(Eva!)
O nosso amor
Na última astronave
(Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
E voando bem alto
(Eva!)
Me abraça pelo espaço
De um instante
(Eva!)
Me envolve com teu corpo
E me dá a força prá viver...
Minha pequena Eva
(Eva!)
O nosso amor
Na última astronave
(Eva!)
Além do infinito eu vou voar
Sozinho com você...
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Toque-toque - Há alguém aí!
Para pra
Para pra
Para pra planejar
O que fazer entre tanto o que fazer?
Sabe bem que tem coisas
Que só você pode fazer
Não há no mundo alguém
Que nem você
Fui me dar conta
Tentando acertar as contas
Ví que no filme da vida
Somos o que parece que pensamos
O analista de você é só pra você se estudar
Rir e compreender que pra ser é preciso estar
Estou sendo
Pus na ferida vida
Me refiz agora
Pela glória de nossa história
Diga quem és
Direi quem sou também
É que no fundo no fundo não chegamos
Pois o céu é logo ali
Na vida nos procuramos eternamente
De mãos dadas fechamos o elo
E o ciclo vem
E o grito junto sempre fica mais forte
O véu da ilusão de termos
Some quando somos
...Que bom nos vermos...
terça-feira, 19 de outubro de 2010
JAVEH (EU SOU)
Sei que quero um amor que valha a pena
Que nada me pague
Que nada me deva
Que do quanto me cative se proteja
O jogo da vida nada vale
Sem haver mais que um que dois que seis
Mas vou seguindo
Ao menos livre
Eu sei
Estamos aqui e onde houver amor
Eu não quero nada mais do que amor
E só isso
Minha boca tem um céu seu quando ti amo
?Quem vai entender
Uma chance vi seu nome antes da fome
Tudo passou
Meus sonhos voltaram
E não há engano
Eu te amo
Conto até quanto eu sei
Espero o que for
Deus me ajude por favor
Sabes o que imagino!
Que a chama que provoca a vida
É essa que a gente leva pra quem ama
As lágrimas verdadeiras companheiras da emoção são
Jogo iscas olhando
Construo meu mundo te procurando
Sinto sua respiração na brisa
Na força da vida
Óh!
Romance
Uma chance corro atrás
Indago a lábio
Respondo afago
Um beijo longo
Reconstruindo o mundo dos sonhos
Eu estou de braços abertos
O romance me roça a face
Estou aqui
PAI
Olha para dentro de Vos
Ouça nossa voz
Contemple a glória da criatura
Eu te amo
E claro como o Sol me ama
Sinto por dentro da "Terra nossa Mama"
A mesma chama
Vejo pelo prisma que prismo Rômulo
Animais, vegetais, animais
E almas nossos primos
Bem aqui dar vim
Não é a toa
E bem na boa
O espírito da planta emana
Pelo perfume provocado pela eterna chama
O éter não é como o etil
Que como paixão incendeia
A brasa mora
Não é por conforto que busco lá fora
O que irradia agora
É a união de todas as criaturas
Como raíz vou carregando a alma mineral
E oh! eu estarei lá para te confortar infinitamente
E construir meu mundo de sonhos em sua volta
Estou tão feliz que eu sei
Te encontrei
Sobre meus ombros está esta responsabilidade
O que faço?
Me faça sentir aonde ir
Eu preciso desesperadamente esperançoso
Alguém para esse tão prometido esperanto
Alguém que pelo nome chame
EU SOU
Já é
Já vou
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Ósi! no Caldeirão do Hulk (Universal key)
Eu disse eu não sei
Quando fui olhar eu não era eu
Aquele gosto do meu fel
Que sentia enquanto engulia em seco o medo
E perspassava todas as minhas expressões desde as faciais
A outras
Bem sabem os casais
Mesmo os casuais
A cama redonda
No quarto quadrado
Homem êmbulo
Disso eu sei
Vomitei toda a janta então
Fiz outra refeição
Na carteira recheada de nada
Umas fotos que mostravam minha cara
Parada na identa
Meu CPF não serve para nada
Crédito cretino acredito em crédito
Só se for no bar
Por uma gelada agora
Pras moças promoções
Pros moços amadureçam seus pulmões
De sainha vi você do WC saindo
Corre pela minha espinha uma sensação
O som da descarga
Mistura explosiva
Eu, um e você
Sob o ar vi vindo uma onda
O perfume das tuas partes
Tipo uma ostra escondendo a pérola
Escondendo o brilho a areia formado
Uma areia nos meus olhos
Vidros embaçados
O chão do bar parece estremecer
Meus pés escutam o som dos seus vindo
Escala richter
Tsunami em mi
Cada olhar uma bandeira branca
Estou aqui não se afaste
Você não passa
Fica na minha
Nossa mãe
Diga para a ela que me olhe
Como um risco no céu
Cometa tudo
Neste bonito momento metendo
M'entendo
Estou emoldurando ao vivo você n'eu
Parece e é exagero
Me jogo aos seus pés em suas mãos de coração
Seu perfume diz algo que me veste a ilusão
Sigo cantando nessa chuva
?Quem dirá o que eu quero neste texto dizer e o terminar
Eu
Dimensões a parte
O brim desse jeans é stone desde novo
Esquisito esqueci o que dizer
Acho que foi a sua passada por aqui
Ainda tenho o seu olhar no meu ver
Vamos lá
Não vamos acabar juntos agora
Podemos ser o que quisermos
Mas sempre vamos ser ao que nascemos
Nesse dia
Aquela vozinha até então baixinha
Irá por meio de si
Se encontrar numa melodia
Talvez
Por que não nessa poesia
Seja o que for o que eu for
Que eu seja o que seja
Assim seja
Mas sem você eu não vou viver
Me beija
Vem mulher meu harém
Porém por estar no meio de tudo
Ao lado do nada
A cima ao de baixo
Nu centro me concentro
Me ouço ainda moço
Dizendo para a arbitrariedade da vida
Que todos pensamos diferente
Porém que amar
Amar é sempre a isso indiferente
Amar é a alguém dedicar o amor por todos
Agora feche a porta do seu quarto
Por que seu telefone vai tocar
Bote no vibra call
Sinta o meu
Engraçado estou melado
Vou buscar um papel
Para secar esse anotar
Está chegando o fim desse texto
Agora
Dizem entendidos em histórias
Que é o clímax
Mas quem quer ir até o fim
Somos meios
Não vamos acabar nada
Olho pra ti de novo
E com cara de sacana
Nos jogamos na cama
Não há alguém na vida que não quer isso pra si
Áh!
Há!
A
...Mais uma...
Seu rostinho é lindo me beija
Orelha à orelha
Segredos de liquidificador
Beijo a flor
A órbita do mundo está centrada aqui
Eu vou contar um par
Eu vou cantar e amar
Nós somos o motivo de estarmos vivos
Não vamos fumar crivos
Vamos nos gravar no ar eterno
Juntos um no peito do outro
Contemplarmos que
Não é cada um por si
É cada um pra si
Lá todos nós encontraremos
AÍ!
No que há de mais humano em nós
No individual existem dois pés
A alma anima o que és
Se aninha feito eu em meu peito
Você
Inexplicávelmente nós dois somos feitos um verso
UNIVERSO
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Good morning day
Perdido e me achando sózinho
Tanta gente
Inevitável te convidar
As estrelas nos apresentam um amor novo
Mesmo que o mesmo
Diferente
Todos vamos ir vamos
Resistir e não pintar esse muro que separa qualquer coisa
Seria o mesmo que não me imaginar fazendo algo
Com vida vem o convite
Vamos pintar o muro decorar
Fazer um puxadinho
Uma portinha
Várias janelinhas
E o céu vai
Ele vai
Ele é
É
Somos
Crio-o
Cri-o
Lar
Olhar
A mágica de amar nos criou
Criamos e é nossa
O muro é nossa cria
Como a social pirâmide
Como nossa cria evolui
Em espelhos naturais todos vemos iguais
Tudo o que na sociedade existe é nosso filho
Eu quero filha
Que está noite seja boa
Como o dia
Amar é estar a distância de um abraço e nos abraçar
terça-feira, 12 de outubro de 2010
...No início...
Que parece estar no futuro
Mas é só o tempo que levamos para chegar
Ao nosso mais profundo e sublime íntimo
Então nossa vida se torna um filme de eterna-metragem
domingo, 10 de outubro de 2010
(a.tu:an.te)
2 Que atua, age, participa, sem se omitir: O Ósi é muito atuante na política.
[F.: atuar + -nte.]
(a.tu:a.lis.mo)
1 Estudo dos fatos que ocorreram no passado, suas relações com os fatos do presente e sua influência sobre eles.
2 Geol. Teoria segundo a qual os fenômenos geológicos do passado teriam ocorrido de forma análoga, na dinâmica e na intensidade, aos do presente.
3 Fil. Doutrina ou conceito que vê na ação e na atividade a essência da realidade
[F.: atual +-ismo.]
sábado, 9 de outubro de 2010
Mente Capta Emito
Câmbio
Meu mundo e quem vive nele simplesmente hoje vai
Uivar ao luar
Sentir o ser solar
Tive a ideia de juntar todos num pensamento e...
Fazer a história mais bela
Vamos descobrir o que há em nós além
Vem
O que que tem?
Aceite essa dança contra
As pessoas não somem
As consumimos diariamente
Lá vem mais um participante em minha vida atuante
É você leitor
O leite que é esse deleite de escrever
E talvez estar sendo lido
Fico comovido
Ponho minha cabeça no coração
Onde você está?
Estou imaginando você aí sentada(o)
O som do seu lado tocando uma música
Que talvez console
Me isolo
Por esse vidro do LCD
Escrevo pra você
O que eu vou fazer?
Meus dedos tocam cada letra de meu sentimento
Vestindo de perfumes meus pensamentos
Que sinto vindo e indo além desse vidro
Levanto para isso
Um vício entre tantos
Carrego minha grafite nas costas
Estou nu nessa hora
Me de sua atenção agora
Estou digitando minha vida
Essa ferida que lateja mundo
Bate vida eterna e universal
Ondas urrantes
Que levam adiante da terra
Orbita na constelação onde todos os pensamentos estão
O cosmos
O caos
O nosso Eu então está no aqui e agora eternamente
E não em vão vamos nos ver
Se encante cante ante
Fim?
O fim é um meio
Um recomeço
A RESSURREIÇÃO
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Razão de viver é sentir Emoção
Não
Não é de alguém
É da sensação de amar alguém o que falta
Um buraco feito camelo passo
Aquela flecha vai de encontro a um outro amor
Uma mudança no tempo
Uma chance no ponteiro que aponta
E apronta você
E eu para nós
Pela rua ando vasculhando
Espio pela janela do bus
Sinto uma fome imensa
Intensa
Ando por aí
Não se esquece o que nos aquece
Eu não sou uma perfeita pessoa
Procuro você numa boa
Por todos os cantos
Uma gota de chuva mostra eu pra mim
Eu sou assim
Um raio de sol que sai de dentro vem
O raso se torna profundo
O chão no ar
Pois no fundo todos queremos todos
Corações funcionam em pares
De procurar não pares
Rasgo e costuro mapas
Achar alguém é rachar
Em dois multiplicar cada instante
Por isso ando não corro
Emito ondas não falo
Vejo não olho
Vivo não morro
Sinto tudo
Nada tenho
Sussurro das montanhas
Em ecos voam os sentimentos das entranhas
Sedimentos de uma vida a procura
A fuga circular volta em tortura
Não fujo tento
Enterro meus berros em sementes
Florescem árvores que a unha escrevo teu nome
Um grito ao infinito é o amor que sinto
Pego minha retina te pinto
Retiro das cores de minhas dores os tons
Meus dons que vou te mostrar
Vem
O INSIGNIFICANTE
Por isso prefiro ao silêncio uma teoria qualquer e, mais ainda, a uma página branca um escrito quando passa por insignificante.
É todo meu exercício e meu suspiro higiênico."
Por Francis Ponge, que é, por excelência, o poeta das coisas que exigem definições, das coisas partidas, das coisas naturais, das coisas inanimadas e animadas. Ele descreve o universo, os meteoros, a chuva, o fogo. Encanta-se com os moluscos, ostras, caracóis. Busca a todo momento dar voz às coisas silenciosas. Traz à luz o mundo mágico da natureza. No Proemas, Ponge diz que “o homem julga a natureza absurda, ou misteriosa, ou madrasta. Bem. Mas a natureza não existe a não ser pelo homem”. Ele projeta, idealiza o homem harmonizado com os quatro elementos: a terra, o fogo, a água e o ar.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Three eyes
Andei pela noite sem atalhos
Olhos em bugalhos
Procurando por ti
Eu acho que não a ví
Entrei num trem não sei
Esqueci de ler para onde ir
São quase seis
Cadê vocês
Olho para os lados
Não cansei
Se não quiser não vem
Que nem eu você só vai encontrar a mim
Que nem você a mim só você
Bom eu não vou dizer que eu sou ruim
Mas você nem é tão boa assim
Jogo pela janela o jogo
Ligo as luzes de minhas vivências e leituras
Bem vamos adiante
Quebrei o muro que estava em cima
Que armário que nada
Escravo de my body não sou
Sim eu amo my body
Quase seis
Não cansei
Se não quiser vim não vem
Esse trem que vem pra mim
Continua mesmo assim
Hipófise secreta segregando informações
Tão boas quanto saber quando
O ontem e o amanhã se encontram
E chove lá fora
Sol lá dentro
Nublado equilíbrio
Calma! É só o Karma (Return lay)
Acontece comigo
O que faço a mim
Reflete em ti amigo
Voocê
Respeito meu templo
Me encosto e descanso
Os dias andam como sempre agitados
Ela me olha castanhamente
Na realidade azul
E tudo passou reto
O resto se bem estudado some
É tudo tão simplesmente impossível
Tanto faz
Meu bem você está bem
À verdade há lugar
O céu
Por isso assim
Meu bem eu tenho porque só posso
Daqui dizer
Não há nada de especial em mim
Deixo a bragueta aberta
Voo-se-me-nos
Sei lá o que se passa
Nem se passa ou amarrota
Amo é o que importa
terça-feira, 5 de outubro de 2010
SHomem eus e tus (agá mudo) talvez início do O
...
Essas sementes que jogo
Floscerem quando repunadas
É que eu sei desde Jesus
Que o povo é do contra
Contra as boas novas
Estúpido não fomos
Quando necessários da eternidade
Aí renovaremos
As paredes que isolam nunca nem sempre isolam
Nesse interim cria-se um oceano
Que numa praia vai dar
E de encontro ao sol lunar vai aterrisar
E abrir baús tipo
Eus ou tus
Iguais espirituosos animais universais
Sumiremos
Se assurmirmos não sermos o que projetarmos
Projetando sêmens
...
domingo, 3 de outubro de 2010
Download mi
Sou um marmanjo a mais
Nesse mundo lindo
Meu vago olhar vaga
Eu não perco mais o controle
Perfeito não sou
Mas o melhor de mim sou
Por isso eu estranho
Que os áis dos umbrais
Escutais
Não há o que não há
Relaxe
Tudo o que existe
Resiste ou desiste graças a ti
Em revoada meu olhar de lágrimas
Em minha face molhada lava o ar
O lar que me circunda
Abandono o amargo o adoçando
Ái! como eu complico
Minhas lágrimas descem as ladeiras estreitas de minhas rugas
Download de mim
Ok eu sei
Escrever é preciso
Me leio e me sinto
Desmaneio
Meus instrumentos corpo e alma
Dedos e sentimentos sentindo
O chão
O céu
O Eu elo de mim
O marron do barro em pó em barra
O ar na harmonia de meu canto
Minha voz desengasga
Estou a pra dentro chorar
Controlando a fornalha
Um silêncio sinfônico entranhamente ouço
Meus ouvidos ouvem pássaros
Que em mim defecam
Adubo tudo e canto
Amo a música
A harmonia do mundo
Caio por um tubo
Me iludo
No país das maravilhas
Navalhas em vaginas
A decepar membros e línguas
Decido índio
Meus longos cabelos solto
Me entrego ao íntimo
Navego nesse meu sal
Formo uma ilha e nela me isolo
Furto do solo meu fruto
O mar invade o Atlante
Não nasci para ser assim
Mergulho o orgulho
Lavo-me
Renasço
Sou o que quero e vim Ser
Um marmanjo a mais
Nesse mundo
Que agora percebo todo lindo
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Vou me já
Está na hora de acordar
E o letreiro diz mais
Coloque uma roupa que combine com sua boca
Pois hoje você vai beijar muito
Levanto muito a fim de urinar
Fecho a esfínter
Retenho agremiando vontade e fisiologia
Eu lavo o rosto brincando de abrir e fechar
É um treinamento
Quero curtir as carinhas dela
Digo bom dia ao dia
Seco a cara
Olho no espelho
Minha barba continua do mesmo tamanho
Finalmente decido descarregar
Uma longa e barulhenta jorrada
Freio
Que perfeição
O domínio entre homem e si
Continuo até a última gota
Plenamente satisfeito
Eu comigo
Um guardanapo lustro
Guardo ilustre
Mas não esqueço
Sou especial
Como você e esse dia